Até pouco tempo atrás, o consumidor brasileiro tinha acesso a uma quantidade escassa de cervejas artesanais, fossem elas nacionais ou importadas. As microcervejarias eram poucas, importadoras traziam uma variedade pequena e o costume de se produzir cerveja em casa ainda não era muito difundido.
A proliferação de rótulos importados, lojas especializadas e brew shops no Brasil nos últimos dez anos incentivou a produção nacional e hoje temos em torno de 400 microcervejarias brasileiras. Advindo dessa evolução do mercado, também destaca-se o crescimento do número de concursos cervejeiros no país, competições que têm incentivado as cervejarias a aperfeiçoarem suas receitas e de quebra facilitando a escolha dos consumidores, que muitas vezes utilizam as premiações como referência ao diferenciar entre os milhares de rótulos disponíveis hoje no mercado.
“Todo ano surgem novas microcervejarias artesanais no Brasil. E a cada concurso percebemos um aumento na qualidade da nossa produção. As cervejas brasileiras ganham gradativamente mais medalhas com o passar do tempo, não só em campeonatos nacionais mas nos internacionais também. Para se ter uma ideia, uma cervejaria brasileira teve sua Altbier, cerveja de estilo tradicional alemão, escolhida como a melhor do mundo no World Beer Awards 2015. O mercado cervejeiro brasileiro é, hoje, o terceiro maior do mundo, com produção de cerca de 140 milhões de hectolitros ao ano – 1,5% disso representado pelo segmento de cervejas artesanais, que cresce 40% ao ano no país”, comenta Daniel Wolff, sommelier de cervejas, fundador da rede Mestre-Cervejeiro.com e jurado em campeonatos cervejeiros nacionais e internacionais.
Entre os torneios cervejeiros mais importantes o mundo está o Brussels Beer Challenge. “Esse campeonato é realizado desde 2012 na Bélgica, país com grande tradição cervejeira. A edição de 2016 acontecerá em Bruxelas entre 03 e 06 de novembro e terá cervejas participantes do mundo todo”, pontua Wolff, que será um dos jurados na competição.
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