Como uma escola de inglês do Espírito Santo está fazendo para contornar a crise

A pandemia da Covid-19 tirou das ruas e da rotina milhões de brasileiros. Embora não façam parte do grupo de risco, as crianças estão sentindo muito o isolamento. E não é por menos: além de serem privados de brincar uns com os outros, ainda se veem forçadas a estudar por meio da tela de um computador. Para quem tinha contato físico constante, principalmente as crianças menores, a quarentena tem sido bastante difícil.

Para amenizar essa situação e permitir que as crianças continuem a desenvolver suas habilidades, a The Kids Club de Vila Velha, rede de curso de idiomas para crianças e jovens, foi além e reformulou toda a estrutura da aula para seguir com o conteúdo programático de forma remota. “Nossas atividades são bastante dinâmicas, com muita interação entre os alunos, o que, invariavelmente, gera contato físico. Adaptar as aulas para que elas ocorressem o mais fiel a nossa proposta pedagógica exigiu criatividade e muito profissionalismo”, destaca Sheila Bagatelli, diretora da unidade.

Com turmas reduzidas para no máximo cinco alunos (as aulas presenciais tem até 12 estudantes), os professores usam aplicativos para se conectar e contam com a ajuda dos pais para auxiliar nas atividades, principalmente com os menores, até seis anos. “Nesta faixa etária, é muito importante exercícios de movimento que estimulem o corpo. Mesmo a distância, investimos em momentos assim, como uma gincana online, por exemplo. É a mesma dinâmica, mas com a diferença que eles precisam voltar ao computador para mostrar os desafios concluídos. Atividades de escrever a mão ou pintar no papel também continuam e o professor acompanha o desenvolvimento pelo outro lado da tela”, explica a educadora.

Já para as crianças a partir dos sete anos, as aulas não precisam mais da ajuda dos pais, já que os jovens entendem melhor a dinâmica dos exercícios. “Ainda que a gente fique restrito ao uso da tecnologia, norteamos nossas aulas de uma forma mais humanizada, buscando estar mais próximos de como seria se estivéssemos juntos fisicamente. O desafio é grande, sem dúvida, mas com disciplina, criatividade e comprometimento, temos conseguido fugir do estigma das escolas que estão apenas disponibilizando um link para acessar conteúdos frios e impessoais”, conclui. Tempos de mudança exigem soluções rápidas para serem implementadas tão logo a crise vem e na educação não poderia ser diferente.