Imagine que você tem um negócio de sucesso e está pronto para expandi-lo, transformando-o numa franquia com lojas em todo território nacional. Uma ideia tentadora, não é mesmo? Mas será que você e seu empreendimento estão preparados?
Para descobrir as respostas, conversamos com Marcus Rizzo, um dos fundadores da Associação Brasileira de Franquias (ABF). Administrador de empresas especializado na estruturação de organizações franqueadoras e suas redes de franquias, Rizzo tem sido bem sucedido nessa atividade trabalhando com diversas redes no Brasil e no exterior.
Com experiência acumulada em mais de cem organizações nacionais e multinacionais, o especialista também um dos sócios da consultoria Rizzo Franchise.
Segundo pesquisas e artigos elaborados pela consultoria, existem alguns pré-requisitos para determinar se determinado negócio é ou não franqueável. Para começar, esse negócio tem que ter sido testado ao longo com rigor durante um período mínimo de dois anos e ter sucesso comprovado. Também é preciso esperar até que outras unidades (filiais) tenham sido instaladas em locais diferentes do negócio original e funcionando com o mesmo padrão.
Aliás, a questão do padrão é fundamental aqui. Sem essa padronização, é impossível fazer a transição para esse modelo, uma vez que manter padrões está na própria essência das franquias. E manter tais padrões, segundo a Rizzo Consultoria, é possível por meio do conhecimento adquirido com a operação de unidades próprias. Esse know-how deve ser repassado ao franqueado e a seus funcionários por meio de programas de treinamento. E mais:
“Franqueadores profissionais tem no treinamento o processo final de seleção e aprovação do franqueado pela qualidade do produto, serviço e atendimento absorvido durante esta etapa.”
É claro que quando não se atinge o patamar de qualidade, o franqueado deve ser reprovado.
Assim, só depois do treinamento e de sua aprovação é que o franqueado estará apto a inaugurar sua unidade franqueada. A partir desse momento, todos os processos devem ser acompanhados, orientados e monitorados pela Consultoria de Campo da franqueadora.
Vantagens
1. Expansão do negócio com capital de terceiros. Evita a necessidade de financiamentos e consequentemente os riscos de se expor a altos juros.
2. Você não precisa expandir seu negócio passo a passo de acordo com sua disponibilidade de capital. O processo de recrutamento de franqueados não requer muito capital de sua parte
3. Franqueados investem seu próprio capital em seu negócio e por esta razão são mais auto motivados que os gerentes de negócio. Como resultado, as vendas, a satisfação dos consumidores e a lealdade tendem a ser maiores.
4. Você tem o benefício de conhecer o marketing local e os contatos de seus franqueados.
5. Você precisa menos pessoas para auxilia-lo que em um negócio convencional porque os franqueados são auto motivados. Você pode eliminar muitos profissionais de sua estrutura organizacional. Você não economiza apenas em salários e encargos mas também em custos porque você terá uma administração mais enxuta e poucos, se necessário for, escritórios regionais.
6. Você terá menos exposição aos problemas do dia a dia das companhias convencionais, como recrutamento, manutenção de estoques, administração de fluxo de caixa e segurança. Você terá pequenos núcleos de funcionários.
7. O sistema de franquia por sua natureza se empresta particularmente bem a expansão internacional. Os benefícios de abertura em um país estrangeiro através de um master franqueado são semelhantes a de designar franqueados em seu próprio mercado doméstico mas, claro que, em um muito maior escala.
Desafios
1. Você não é proprietária das filiais/franquias. Não terá a mesma lucratividade que será dos franqueados que colocaram o capital no negócio.
2. Você terá menor controle sobre o trabalho comparado ao que você teria em um negócio operado por você. Você poderá porém cancelar o contrato de quem não seguir efetivamente seu sistema, mas isto não é tão fácil como demitir um gerente.
3. Você passa os direitos de uso de sua marca e o sistema de seu negócio para outros e você precisa certificar-se que você tem algum recurso no caso deles, franqueados, não cumprirem o contrato. Particularmente se o franqueado decidir deixar a rede e montar uma concorrência para sua franquia utilizando-se dos conhecimentos fornecidos por você.
4. Você deve selecionar seus franqueados com grande segurança de que o desenvolvimento de sua rede terá grande potencial e que seus franquedos são capazes e preparados para conduzir seus negócios de acordo com seu sistema. O sucesso traz seus próprios problemas. Pode ser particularmente difícil motivar seus franqueados que estejam na “zona de conforto”. Você precisa também alocar seus territórios ou pontos para efetivamente maximizar o potencial de seu negócio.
5. A sua capacidade de crescimento está diretamente relacionada a sua habilidade em atrair franqueados e da disponibilidade de candidatos que possuam capital suficiente e com perfil correto. Normalmente é um desenvolvimento progressivo que começa com um passo cauteloso e vai ganhando impulso gradualmente.
6. Franchising não é um sistema que pode ser introduzido de imediato. O lançamento de sua franquia deve esperar até que você tenha comprovado a viabilidade do sistema através de pelo menos uma unidade piloto, operada por você e com sucesso.
7. Você tem a responsabilidade moral de garantir que seus franqueados, que investiram a poupança de uma vida em seu negócio, tenham sucesso. Você está fazendo um acordo de longo prazo com seus franqueados e isto dificulta e custa para reverter sua decisão de franquear.
Animado? Ou ainda tem algumas dúvidas? Confira as Vantagens e Desafios de franquear seu negócio e faça o teste de franqueabilidade da Rizzo Consultoria.
Boa sorte e bons negócios!
Clique aqui e cadastre-se para receber informações exclusivas. É gratuito