Armazém Fit Store aumentou faturamento em 81% durante a crise e pretende se consolidar como líder na América Latina

Franquia de alimentos saudáveis quer faturar R$48 milhões neste ano e alcançar 400 unidades vendidas até 2024

Já parou para pensar em quantas pessoas deixam de comer o que gostam ou aquilo que precisam por falta de opções disponíveis no mercado? Foi pensando em mudar essa realidade que os empresários Ayla Quintella, Lucas Quintella, Laerte Venturin e a médica Tathiana Gava fundaram, em 2017, o Armazém Fit Store, rede especializada em alimentos naturais e saudáveis com mais de 97 unidades em funcionamento no Brasil. Atualmente, apenas o casal Quintella está à frente da franquia.

“Em Colatina, no Espírito Santo, minha cidade natal, alimentos saudáveis eram coisas que você não encontrava em lugar nenhum. Eu precisava me deslocar até outras cidades para encontrar o que eu procurava, e isso é inviável para quem precisa de uma alimentação diferenciada”, conta Ayla. Seja por escolha de vida ou por conta de dietas mais restritivas como alimentação vegana, intolerância à lactose ou doença celíaca (sensibilidade ao glúten), o Armazém oferece produtos saudáveis que atendem as necessidades específicas de cada cliente: são opções completas de produtos a granel como castanhas e cereais, vegetarianos e veganos, orgânicos, low carb, suplementação esportiva, alimentos sem lactose, glúten ou açúcar, entre outros.

Além da dificuldade de encontrar esses produtos no mercado, outra característica de atuar nesse segmento é a falta de informação que muitas pessoas têm acerca da alimentação saudável. “Muita gente acredita que comida saudável não tem gosto ou é ruim, esse tipo de desinformação é muito comum nessa área. Por isso, uma parte importante e constante do nosso trabalho é conscientizar o consumidor de que a alimentação saudável/restritiva é muito saborosa”, afirma Lucas.

O que num primeiro momento pode parecer um problema é, na verdade, uma grande oportunidade para se diferenciar dos demais concorrentes. “Esse fator não é um impedimento para o nosso trabalho, pelo contrário, é aí que criamos um relacionamento forte com nossos clientes, oferecendo para eles qualidade e sabor nos alimentos que eles precisam para se manterem saudáveis”, diz.

Armazém driblou a crise e aumentou faturamento

Assim como a maioria dos negócios brasileiros, o Armazém Fit Store também foi prejudicado por conta da pandemia, mas o bom empreendedor é aquele que faz o limão virar limonada. “Registramos uma forte queda no nosso faturamento, mas conseguimos encerrar 2020 com crescimento de 81% na receita das unidades”, conta Ayla. O segredo? Diversificar os canais de venda, investir em capacitação e apoiar o franqueado durante a crise.

Na prática, o Armazém ofereceu mais plataformas para os clientes realizarem as compras (sem precisar sair de casa, claro) e reduziu a cobrança de royalties para todos os franqueados que tiveram o faturamento afetado por conta da pandemia. Além do delivery, a franquia também passou a vender por WhatsApp e Instagram. Para o casal Quintella, não é apenas uma questão de aumentar as vendas, e sim de garantir que cada vez mais famílias tenham acesso a uma alimentação melhor.

Expansão em ritmo acelerado

Foi através do mercado de franquias que o Armazém conseguiu resolver para milhares de pessoas o mesmo problema que Ayla encontrou lá em Colatina, antes mesmo de pensar em empreender. Atualmente, a franquia está presente em 20 estados brasileiros e seu processo de expansão não é nem um pouco tímido: a meta é alcançar 400 unidades vendidas até 2024 e consolidar a marca como a maior do setor na América Latina.

Parece impossível? Os números do Armazém mostram que esse objetivo está cada dia mais perto: a franquia faturou R$29 milhões no ano passado e pretende chegar nos R$48 milhões ainda neste ano. E as novidades não param por aí: a marca está trabalhando para lançar seu próprio aplicativo, canal de e-commerce e nova linha de produtos próprios até o fim do ano. “Queremos dividir nosso propósito com cada vez mais pessoas sem que elas precisem deixar de comer o que gostam ou o que querem por não encontrar o que procuram”, afirma Lucas.