Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), atualmente no país cerca de 562 redes operam com o modelo de microfranquias, sendo 63% puras – apenas com esse modelo – e 37% mistas – com mais de um modelo de negócio. Segundo o Portal do Franchising, a busca pelo segmento nos meses de maio, junho e julho deste ano foram 14% maior do que nos três meses antecedentes.
Ainda de acordo com o site, 40% das páginas mais visitadas do portal são sobre o segmento e, historicamente, 80% do público que busca investir em franquias, declara que possui até R$ 100 mil para investir. Foi analisando esse cenário que André de Lima Jácomo, de 34 anos, fundou a Marketing Bag.
André começou a carreira em 2006, trabalhando na área comercial e financeira da empresa de seu pai, que se iniciou dentro de uma incubadora do SEBRAE. Foi lá que o empreendedor adquiriu experiência em consultoria. Em 2016, iniciou um trabalho de consultoria em uma franqueadora para ajustar processos de assistência ao franqueado e na área comercial. “Foi a partir daí que decidi me aprofundar mais na área de franquias, passei a me dedicar e estudar o mercado com afinco”, comenta.
Já em 2017, André iniciou processos de formatação de microfranquias de diversos setores, como: assessórios automotivos, óticas, limpeza e conservação, diaristas, bazar de roupas etc. Depois de 4 anos de experiência no segmento do franchising, ele sentiu que estava no momento de ter sua própria rede.
“Eu já estava com muito interesse em ter minha própria rede de franquias e estava estudando mercados e modelos. A pandemia do covid-19 antecipou meus projetos e fez com que eu tirasse do papel a Marketing Bag em abril deste ano”, pontua.
A Marketing Bag, é rede de franquias de publicidade em sacos de pão ecológicos. A proposta central da marca é conectar de maneira assertiva e duradoura a publicidade e o consumidor final. “Já possuo conhecimento de microfranquias – inclusive por formatar algumas marcas – e também conheço o mercado de publicidade que cresce cerca de 9% ao ano. É um mercado de oportunidade”, afirma Jácomo.
Com um modelo de negócio home based, a rede possui fácil implementação e atuação em um mercado de alto potencial, garantindo retorno rápido e boa rentabilidade. “É necessário apenas um funcionário para a operação, hoje todos os nossos treinamentos são efetuados online e, também, utilizamos e-mail e WhatsApp para sanar qualquer demanda que possa surgir”, comenta.
Os franqueados da marca investem na venda de produtos certificados, saquinhos 100% biodegradáveis produzidos com tintas e colas atóxicas. “Nos preocupamos com o ambiente em que estamos inseridos, oferecendo oportunidade de alta exposição da marca do cliente por um preço atrativo, colaborando com pequenas e médias empresas”, pontua o fundador.
Modelo de Negócio
Para adquirir uma unidade é preciso desembolsar R$ 5,5 mil e o faturamento médio mensal é de R$13,6 mil. E a dinâmica do processo do franqueado é atrativa e comercial. Sem a necessidade de instalação de ponto comercial ou contratação de funcionário, o franqueado precisa apenas de um computador, impressora, acesso à internet e telefone. O prazo de retorno do investimento é de apenas 4 meses.
André conta que o primeiro passo é efetivar parcerias com as padarias na região de atuação, para que elas recebam gratuitamente os saquinhos, logo após isso, o franqueado começa a prospectar as vendas de anuncio. “Esse é um trabalho mensal, onde o franqueado faz o faturamento. Nós damos todo o suporte quanto as artes, diagramação e confecção dos saquinhos”, conta.
Para criar a marca, o empresário conta que investiu e torno de R$ 50 mil. “Nossa meta era fechar 2020 com 10 unidades comercializadas, hoje já contamos com 12 unidades”. Jácomo estima finalizar o ano com 20 unidades em operação e um faturamento anual de aproximadamente R$ 500 mil. Para 2021, esperamos atingir um faturamento em torno de R$ 2,5 milhões e chegar a 50 unidades.