Afinal, como as professoras vêm enfrentando a pandemia?

Em entrevista, educadoras de escolas que utilizam o método Twice, contam as maiores dificuldades e como está sendo a adaptação da equipe e dos alunos

Estima-se que as instituições particulares perderam cerca de um terço de matrículas no país todo, segundo um relatório do Grupo Rabbit, consultoria de gestão escolar, que utilizou dados do Censo Escolar de 2018, em pesquisa realizada com mais de 1,2 mil escolas de todo o Brasil, entre setembro de 2020 e março de 2021.

A principal causa para essa queda é a pandemia, que vem afetando severamente a vida financeira de muitos pais e responsáveis. Isso traz ainda mais consequências, devido ao baixo número de alunos, muitos colégios precisaram fazer cortes, de acordo com uma estimativa do Fenep (Federação Nacional de Escolas Particulares), cerca de 300 mil docentes da educação básica foram demitidos durante esse período.

Esse número assusta e faz com que aqueles professores que ainda mantém o seu trabalho se dediquem ainda mais, com medo de perder sua renda financeira e seus alunos, já que criam um vínculo emocional. Para isso, muitos precisam inovar, usar da criatividade para criar estratégias novas, que resultam em horas de trabalho adicional.

De acordo com a professora do ensino fundamental I do Colégio São João Batista, em Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Isabelle Magliano, a principal dificuldade encontrada desde o início do ano passado, são questões relacionadas a internet e problemas individuais de cada aluno e professor que, infelizmente, não são possíveis controlar.

“Tentamos fazer de tudo para que nenhuma das crianças perca o conteúdo, mas mesmo depois de tanto tempo que estamos nesse modelo online, sempre surgem dificuldades para acessar o link da aula ou problemas técnicos que travam as imagens, áudio que sai falhado, enfim, contratempos que não conseguimos solucionar, por isso, sempre gravamos as atividades ou tiramos fotos e postamos na plataforma do sistema que usamos, que é o Twice, apesar de ser mais trabalhoso, garante que o aluno tenha acesso a tudo que foi dito e feito”, explica.

Tanto o colégio de Isabelle, quanto o da Mônica França, coordenadora do Colégio Ágora, em Natal, no Rio Grande do Norte, utilizam o sistema de ensino do Twice, franquia que leva o método bilíngue para escolas de todo o Brasil.

A partir disso, surge uma nova questão, como tem sido para essas instituições bilíngues levar esse método de ensino para crianças por meio das aulas digitais? Mônica afirma que desafios sempre vão haver, principalmente com os menores, pois eles têm um tempo de concentração menor, além disso, cada um tem um jeito e um tempo diferente para aprender, e por isso precisam encontrar formas novas de ensinar.

Mesmo diante de tantas adversidades, Mônica e Isabelle compartilham do mesmo pensamento. Em comparação com outras escolas particulares, elas acreditam que ter um sistema como o Twice ajudou imensamente a se adaptarem a essas mudanças, graças a todo o apoio oferecido pela equipe da rede.

“Desde o ano passado quando o susto tomou conta de todo mundo, me senti mais segura perto de outras colegas de profissão, pois sabia que o método presente no colégio onde eu coordeno, o Twice, tem uma plataforma com os livros online, musicas, atividades virtuais e muito mais, que auxilia na hora da aula. Vi muitas professoras sofrendo para tentar mostrar pela câmera as lições presente nos livros físicos, e com a gente foi até bem simples, bastou compartilhar a tela e estava tudo lá, conseguimos na medida do possível manter a rotina de aulas”, conta Mônica.

A pedagoga Isabelle acrescenta falando da importância da conexão que o Twice proporciona. “Por ser uma rede muito grande, espalhada por todo o Brasil, temos um enorme grupo onde trocamos ideias, pedimos ajuda, damos conselho e trocamos informação, o que é essencial, pois com tanta coisa sendo feita, muitas vezes ficamos nas escuras, e com essa comunicação, tudo fica mais fácil, porque sabemos que tem mais professores no mesmo barco junto com a gente”.

Apesar de todas as dificuldades enfrentadas desde o início, todos os educadores vêm lutando para dar o seu melhor e garantir que a educação seja entregue da melhor forma possível, com ou sem ajuda. A diferença é que ter uma rede de ensino ao seu lado, torna tudo mais simples e traz uma segurança de que no final, tudo dará certo.