Tudo começou com um negócio familiar de venda de móveis de escritório. Ali, Lucas Marcolino conheceu a rotina de vendas e financeiro pela primeira vez aos 15 anos. Ainda na fase de escolher o que seguir como profissional, optou pelo Direito. Atuante em escritório de advocacia, não se adaptou a rotina e decidiu voltar para a loja de móveis da família, para atuar com números e contato com fornecedores. Em 2013, antes da Copa do Mundo realizada no Brasil, o negócio sofreu com a retração pela baixa procura para novos mobiliários e empregos no país, e o faturamento caiu em 30%. Naquele momento, o advogado percebeu que precisava seguir outra direção. Foi então que a Mil e Uma Sapatilhas surgiu no caminho do empresário como opção de investimento durante a crise econômica. Hoje, Lucas é sócio de sete lojas e faturou R$ R$ 8 mi em 2019.
“O negócio de móveis não estava indo bem e tive que buscar outra alternativa de renda. Meu irmão junto com minha cunhada tinham recém aberto uma loja de sapatilhas que estava sendo um sucesso por conta do preço baixo e qualidade dos produtos. Então pensei que seria uma oportunidade de investir em algo meu, mesmo sem saber se ia dar certo ou não por ser tudo novo tanto para eles quanto para mim. No final, a escolha foi certeira e não me arrependo”, relembra Marcolino.
Com sete lojas, Lucas foi o primeiro franqueado da Mil e Uma Sapatilhas. A loja, localizada em Santana, zona norte de São Paulo foi inaugurada em 2016. “Abri a loja sem dinheiro e capitalização. Tive que pegar emprestado para começar o negócio, mas tinha em mente que tudo daria certo. Não poderia ser mais surpreendido, a inauguração foi um sucesso. Vendemos quase 800 pares de calçados em um momento que o Brasil não estava em suas melhores condições econômicas”, diz.
O ponta pé do empresário também foi fundamental para a rede, que após a abertura da unidade investiu em sua marca própria de calçados. Chamada de Milli, as sapatilhas tinham agora o selo de qualidade da franquia criada em 2015.
“O começo não foi fácil, estive presente em todos os processos da operação já que não tinha caixa para contratar quem gerenciasse para mim. Acredito que o início em meio a uma pós-crise me ajudou a entender o negócio a fundo e me possibilitou expandir tão rapidamente”, comenta Lucas, que em menos de três anos se tornou sócio em mais seis unidades, dentre elas, duas localizadas no Nordeste.
Para o empreendedor, a Mil e Uma Sapatilhas ter nascido em meio a crise permitiu ao negócio se adaptar em momentos de tensão, como a atual pandemia do novo coronavírus. Com o fechamento das lojas, a rede criou seu próprio e-commerce para atender a demanda dos consumidores e é oportunidade para quem quer ter uma renda extra com a revenda.
“Sempre nos reinventamos para sair de uma crise mais forte. Foi assim em meados de 2015 e será assim durante a volta do ‘novo normal’. Com a reabertura, já senti que a revenda tem movimentado bastante a loja e aos poucos percebo os clientes retornando a sua rotina”, finaliza.