A tendência das franquias de mudar o endereço das suas empresas para locais menores e modernos

Segundo a 11ª Pesquisa de Impactos da Pandemia nos Pequenos Negócios feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), realizada em maio deste ano, mostrou que o número de empreendedores que conseguiram acesso ao crédito nos últimos meses cresceu no Espírito Santo. Dos 58% que solicitaram o serviço, 50% tiveram resposta positiva das instituições bancárias, enquanto 41% tiveram o pedido negado. Um aumento considerável, se comparada com a pesquisa anterior, onde apenas 30% dos empreendedores que solicitaram conseguiram acesso ao crédito, enquanto 65% não tiveram o pedido aceito.

De acordo com a mesma pesquisa, 75% dos estabelecimentos do Espírito Santo já estão em funcionamento. Com o avanço da vacinação, o acesso ao crédito e a retomada dos serviços, os empreendedores acreditam que em 18,3 meses a situação econômica esteja normalizada, registrando uma leve melhora na expectativa dos empresários. No entanto, 65% deles ainda dizem sentir dificuldade para manter os negócios diante da pandemia e 76% registram uma queda no faturamento.

Muitos precisaram se adequar ao novo normal e o home office já é realidade de 20 milhões de pessoas no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A alternativa de devolver espaços grandes e se instalarem em espaços mais modernos, menores e que promovam o distanciamento social, já é vivida no estado do Espírito Santo. A franqueada do Centro de Formação Minds Idiomas, Patrícia Monteiro, de 30 anos, diz que a localização e a modernidade do prédio foram os fatores principais para a mudança. “Estávamos em um prédio de 500m², desde 2011, com muitas salas que não eram utilizadas mesmo antes da pandemia. Agora, estamos indo para um de 130m², mais moderno, que fica na esquina das duas principais avenidas de Vila Velha”, explica.

Além da localização, a possibilidade da instalação de equipamentos de tecnologia mais modernos foram levados em consideração. “Prédios mais antigos demandam mais reparos e hoje, precisamos de algo mais econômico, mas que possibilitem que o aluno possa ter uma boa aula. Instalamos TV’s nas novas salas para que os professores vejam os alunos que estão de forma remota, além das lousas que não tem o reflexo”, explica Patrícia Monteiro da Minds Vila Velha.

Online continua, mas presencial é uma necessidade

O Governo do Estado do Espírito Santo, estima que até agosto a população de até 12 anos já esteja vacinada com a primeira dose ou dose única e decretou o início das aulas presenciais para o ensino regular para o segundo semestre de 2021. Com o avanço da vacinação na Grande Vitória, Patrícia Monteiro do Centro de Formação Minds vê crescimento na busca por pelo menos uma aula na semana presencial. “Fazemos desde janeiro um levantamento aqui na unidade, e vimos um crescimento de 60% na busca por aulas presenciais, online e ao vivo. O fato é que as pessoas querem as interações sociais de volta e por isso, buscam por cursos extracurriculares”, finaliza.