Nas últimas semanas, notícias tristes para o varejo vieram à tona: em 2015 foram fechadas quase 100 mil lojas no País e grandes grupos varejistas entraram em recuperação judicial. Mas o que aconteceu com esses grandes grupos? Desaprenderam? Claro que não! O aumento da carga tributária e custos de mão de obra, e a retração da economia, impuseram um círculo aos varejistas que muitos entram e não conseguem escapar. Com a queda nas vendas são obrigados a cair na onda das promoções baixando a rentabilidade do negócio.
A meu ver, não existe outra forma de passar por momentos de retração como esse, sem inovar. O que deu certo há 20 anos não dá certo hoje, assim como o que deu certo há 5 anos não é mais certo que dê hoje. As promoções não atraem mais o consumidor como antigamente. O foco do consumidor hoje é o diferencial: a loja deve respeitá-lo quanto ao atendimento, conforto, conveniência, praticidade e escolha. Feito isso, é hora de se diferenciar, seja em produtos, parcerias ou eventos. O que não dá é ficar parado esperando o cenário melhorar. Você deve se destacar perante à concorrência.
A antiga concordata salvava a maioria das empresas e, por esse motivo, foi usada por muitos de forma indevida. A recuperação judicial nos Estados Unidos salva em média 30% das empresas enquanto no Brasil esse número cai para 1%. Em toda a história, seja no pós-guerra, na quebra da bolsa de valores e em todos os períodos de extrema retração da economia, quem sobreviveu, saiu fortalecido. Portanto, não espere chegar a esse ponto: mexa-se, inove, crie e se destaque.
Porém, vale ressaltar que ninguém cresce sozinho. Precisamos de colaboradores envolvidos, em constante capacitação e remunerados conforme os resultados. É o momento de desenvolver, capacitar e valorizar as pessoas. O Varejista deve ser otimista sempre. Vai melhorar ou vai piorar? Se você esperar um milagre ou o Governo fazer por você, vai piorar e muito. Este é o ano da peneira. Quem sobreviver, verá.
*Junior Andrade é Diretor da rede de franquias CTX
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