O atum, o aliche e o parma formam excelentes pizzas, as preferidas de muitas casas. Mas agora podem desaparecer dos cardápios das pizzarias, ou então, os que não sumirem, nem vão sair da geladeira, pela alta do preço. Isso porque são alimentos dolarizados no mercado, e, portanto, ficando cada vez mais caros para os etabelecimentos. Segundo a Associação Pizzarias Unidas, alguns tipos de farinhas importadas e marcas de azeite, também ficarão mais caras.
“Ou paga-se mais caro por tudo isso, ou simplesmente não se encontra esses produtos no mercado”, explica Carlos Zoppetti, vice-presidente da Associação. “Isso porque as indústrias desses alimentos, com o dólar alto, dão preferência à exportação, sobrando pouco para o mercado interno. Já temos tido grande dificuldade de encontrar atum, aliche e parma”, diz.
A expectativa para o primeiro trimestre de 2016 é um fortíssimo estrangulamento da margem de lucro pelas pizzarias. “Também estamos fomentando entre os associados práticas criativas, como a diversificação do cardápio e a utilização de aplicativos de delivery para a redução dos custos com mão de obra”, diz Carlos.
“Mas isso é para evitar o repasse ao consumidor, porque em relação a empregos, pode haver uma queda nas vagas, uma vez que as pizzarias buscarão alternativas de baratear o seu custo fixo”.
A Associação Pizzarias Unidas tem reunido os associados para discussão de práticas e ideias para manter o mercado aquecido. “O brasileiro, e principalmente o paulista, amam pizza e ainda não sentimos um corte radical do prato do cardápio das famílias, apesar de ser um caminho cada vez mais tortuoso”, diz Zoppetti. O setor mesmo assim ainda é otimista. “Vamos conseguir nos manter de pé sim”.
Sobre a Associação Pizzarias Unidas
A Associação Pizzarias Unidas do Estado de São Paulo reúne centenas de empresários de pizzarias de todo o Estado e promove o desenvolvimento profissional do setor. Sem fins lucrativos e mantida pelos próprios associados, a APUESP realiza workshops regionais, premiações, missões internacionais para visitas a feiras nos EUA e Europa, e oferece apoio jurídico. Além disso, a Associação oferece compras coletivas de insumos graças a parcerias com as maiores indústrias alimentícias do país, como Sadia, Catupiry e Coca-Cola.
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