Mesmo com a recessão econômica que o País vive, as classes C e D seguem com poder de compra e consumo. De acordo com pesquisa do Serasa e do Data Popular, intitulada de Faces da Classe Média, no Brasil 54% da população, cerca de 108 milhões de pessoas, pertenciam a classe C, em 2013. A tendência é de que até 2023 serão 125 milhões de brasileiros nesta classe, o que representa 58%. Boa parte desta população está nos bairros de periferia, de classe média e nas cidades do interior. As marcas estão de olho neste público que é exigente e não está disposto em investir seu dinheiro em algo que não seja bom, e de algum modo duradouro. Entre estas marcas está a Mundo Verde, rede de franchising, presente em diversas cidades brasileiras.
Há 28 anos no mercado, a Mundo Verde, especialista em produtos de saúde e bem-estar (mix de produtos que inclui alimentos, suplementos para atletas, livros, CDs de música, incensos, cosméticos naturais e outros produtos voltados para a saúde) possui 323 lojas em operação, sendo que apenas uma unidade é própria e as demais são franqueadas. A marca também conta com projeto socioambiental Mundo de Faz de Conta, programa de contação de histórias que visita ONGs, instituições beneficentes e escolas públicas.
No ano passado a Mundo Verde teve a sua primeira franquia aberta em uma favela. A loja localizada na Rocinha, situada no Rio de Janeiro e considerada a maior do País, é da empresária Branca Susana Valente de Oliveira, que viu no local uma oportunidade de negócios.
Em nota, a equipe Mundo Verde explicou que “os moradores das áreas periféricas geralmente trabalham nos grandes centros comerciais. Desta forma, possuem acesso a informação e contato com as grandes redes e marcas. As classes C e D ganharam poder de consumo nos últimos anos e querem consumir as boas marcas. O Mundo Verde é uma das marcas mais amadas e desejadas pelo público, sendo assim, levamos o nosso negócio e conceito onde o público quer, perto de suas casas”.
Sobre a abertura de unidades em cidades do interior, eles salientaram que mapearam o Brasil e perceberam que tinham possibilidade de investir em locais que ainda não atendiam. “Desejamos entrar nas cidades acima de 100 mil habitantes. Levamos em consideração também cidades menores e que são polos de atratividade e consumo em suas regiões. Essa ação é uma forma de atender aos anseios do público consumidor, bem como ganhar em representatividade fechando as portas para uma possível concorrência”, informaram.
A concorrência é algo que costuma preocupar os empreendedores, mas para a rede de franquias é encarada como um motivador normal dentro do mercado. “Quando a Mundo Verde nasceu, fomos pioneiros no mercado, não tínhamos concorrentes, mas junto conosco outras marcas foram aparecendo e surfando a onda da saudabilidade, da alimentação saudável. Isso, inclusive nos faz olhar para outros mercados, ver novas oportunidades e nos incentiva a estar sempre atualizados, mantendo a vanguarda do segmento”, falaram.
Mesmo com a crise a classe média brasileira vai movimentar em 2015 cerca de R$ 1,35 trilhões, aponta do Instituto Data Popular, e isso mantém o otimismo da Mundo Verde que projeta aumentar a receita neste ano em 35%. No ano passado a marca faturou R$ 400 milhões, crescimento de 33%, se comparado com 2013. “Além disso, apesar do momento de crise no varejo brasileiro, acreditamos que isso é temporário e não afetará o crescimento do Mundo Verde, pois os consumidores de nossas lojas, produtos e segmentos, são fiéis. Isto está relacionado a hábitos de consumo. Isso vem ocorrendo na prática e nos dá boas perspectivas de crescimento neste ano”, finalizam.
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