A falta de assistência e acompanhamento é um dos erros mais comuns cometidos por franqueadores. Sem o devido acompanhamento, estes pequenos empresários acabam perdendo seus pontos de venda e comprometendo a expansão e, consequentemente, o sucesso do negócio.
“O sistema de franquias é virtuoso porque ele detém numa ponta muito conhecimento e muito ‘know-how’ do produto pelo franqueador associado ao franqueado, que possui experiência daquele local onde ele está abrindo o negócio dele”, explica o vice-presidente da Associação Brasileira de Franquias, Altino Cristofoletti Junior.
De acordo com ele, a transição para um sistema de franquias ou abertura de um novo negócio a partir do zero precisa levar em consideração um rentabilidade que proporcione ao franqueador mecanismos para que ele, além do lucro, possa dar suporte ao franqueado fazendo as contas “tanto para o lado dele quanto para o lado do franqueado”.
“O operador que quer ter seus serviços transformados em uma franquia tem que ter um produto testado e com o devido suporte que ele vai ter que oferecer ao franqueado, com uma taxa de retorno que deve ser suficiente para criar essa estrutura”, ressalta o especialista.
Uma das formas indicadas pela ABF para testar o próprio produto em formato de franquias é que o franqueador possua unidades próprias para perceber a receptividade da marca nas diversas regiões e ter maior compreensão do modelo de negócios que será operado por franqueados em diversas regiões. Cristofoletti explica que, dada as dimensões continentais do Brasil, é comum que uma iniciativa de sucesso realizada no interior de um Estado, por exemplo, tenha dificuldades ao chegar a mercados de grandes capitais.
“São outras estruturas de custo e o mercado muitas vezes entende de forma diferente a compra daquele produto ou serviço. Então, o Brasil, sendo continental e muito diverso, aumenta a importância do franqueador ter operações próprias para testar o negócio”, destaca o vice-presidente da ABF.
Por isso, a paciência na hora de inserir-se no mercado é fundamental. De acordo com dados da própria ABF, o índice de falência das empresas de franquia no Brasil foi de 3,7% em 2014. O índice é baixo se comparado à mortalidade de negócios convencionais, de 24,9% nos últimos dois anos, mas ainda assim é preciso ter cautela antes de “colocar o bloco na rua”, como destaca Cristofoletti.
“Às vezes tem um empreendedor que tem uma ideia na cabeça, faz um projeto e, no papel, a conta fecha, mas no dia-a-dia da operação não funciona. Então a experiência e a pesquisa são muito importantes”, lembra o especialista destacando que estes são fatores fundamentais até mesmo para criar uma estrutura de suporte aos franqueados.
Segundo eles, grandes redes e franquias mais estruturadas costumam dar suporte para seus franqueados que vai desde a estrutura do ponto onde estará localizada a nova unidade a até na concepção do portfólio de produtos e continuado de capacitação dos colaboradores.
“Um franqueador bem estruturado faz com que a probabilidade tenha mais sucesso do que aqueles que não têm um suporte adequado”, destaca o especialista
Clique aqui e cadastre-se para receber informações exclusivas. É gratuito!