A RE/MAX, rede de franquias imobiliárias, acaba de fechar uma parceria, no Brasil, com a Homefin, plataforma focada em facilitar e baratear a tomada de crédito. Apesar do recorde de vendas registrado no ano passado – R$ 8,56 bilhões -, a RE/MAX acredita que o faturamento poderia ter sido ainda maior caso os clientes não enfrentassem tantas dificuldades para encontrar um financiamento atrativo.
A hipótese da RE/MAX é suportada por números. Entre 2017 e 2021, a quantidade de imóveis vendidos no Brasil por ano dobrou – de 146 mil para 314 mil. No entanto, em 2022, houve queda, para 304 mil, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). A alta da taxa de juros, bem como os entraves para o financiamento, desponta como uma das principais responsáveis. De acordo com estudo da consultoria Brain, realizado este ano, o acesso ao crédito é a maior barreira para a compra da casa própria.
“Perdemos em torno de 20% de negócios porque o cliente não ficou satisfeito com as opções de financiamento que lhe foram oferecidas”, afirma Peixoto Accyoli, Presidente e CEO da RE/MAX Brasil. “É lógico que os juros altos têm uma boa dose de culpa, mas isso ocorre também porque o consumidor não teve a assistência devida. É esse gap que queremos eliminar com a nova parceria”.
A Homefin serve como intermediária entre o cliente, que contrata o crédito, e o banco, que o fornece. Por sua experiência e inserção no mercado, ela promete filtrar entre inúmeras alternativas para oferecer a melhor ao consumidor – pesando renda, momento de vida e imóvel escolhido, por exemplo. Em apenas seis meses de vida, ela já está entre as cinco maiores originadoras de crédito imobiliário para bancos privados.
“O mercado de crédito imobiliário é forte, sólido, e nutrido pelo sonho da casa própria, tão presente entre os brasileiros”, destaca Antonio Paulo Barbosa, CEO e cofundador da Homefin, e com passagens por Santander, HSBC e Bradesco. “Há, porém, um enorme potencial de crescimento. Quando você olha a proporção do financiamento de imóveis em relação ao PIB no Brasil, ela é muito baixa – principalmente em comparação com países como Chile ou México”.
A meta da Homefin é que 15% dos imóveis comercializados pela RE/MAX passem por seus serviços de financiamento. Para 2023, a estimativa é intermediar R$ 1 bilhão em crédito, sendo metade por meio dessa parceria. Com extensão inicial de cinco anos, ela entrou em operação no dia 17 de abril. “Teremos representantes em todo o Brasil atendendo exclusivamente a RE/MAX”, diz Barbosa.