A Maislaser foi fundada em 2018 pelo empresário Wlamir Bello. No mesmo ano, a marca ganhou dois novos sócios: a apresentadora Ana Hickmann, e Sidney Eduardo Kalaes, presidente da holding Grupo Kalaes. De lá para cá, a rede já alcançou 240 unidades, mas até a metade de 2024 quer chegar a 500 franquias e abrir a primeira clínica no exterior.
Para atingir esse objetivo, Kalaes conta que a Maislaser precisou fazer adaptações. Uma delas foi no modelo de negócio. Com um investimento total de R$ 530 mil, a rede decidiu criar outra opção, mais enxuta, para cidades de até 100 mil habitantes.
“Lançamos um modelo de R$ 450 mil, que envolve os mesmo serviços, porém, em um espaço menor e com uma equipe reduzida”, diz. Segundo o empresário, o Brasil possui milhares de cidades nesse porte e que recebem pouca oferta de franchising. Hoje, essa opção já representa 10% de todas as franquias da rede.
Outro mudança foi no ambiente online. Por conta da pandemia, a Maislaser criou um canal de vendas no site. De acordo com o Kalaes, mesmo com a reabertura do comércio, essa modalidade ainda é utilizada pelos clientes e representou 12% dos R$ 110 milhões faturados em 2021. “Fomos aprimorando essa experiência de compra, melhorando os processos dentro do próprio site, por isso é utilizado até hoje”, comenta.
Ainda no âmbito digital, nos próximos dois meses a Maislaser irá lançar um app voltado para o cliente. Em resumo, é uma ferramenta de agenda e evolução do tratamento. “O cliente poderá marcar os procedimentos pelo próprio app, saber o número de aplicações realizadas e restantes. Tudo fica mais organizado”, explica o presidente do Grupo.
As mais recentes mudanças, no entanto, foram no portfólio e no equipamento utilizado. O sócio da rede destaca que o mercado de beleza é extremamente concorrido no Brasil e que é preciso promover mudanças para continuar atrativo.
Uma pesquisa de 2019 do Euromonitor Internacional colocou o Brasil como o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo.
Por isso, a Maislaser incluiu o serviço de rejuvenescimento facial na sua grade. Segundo o executivo, em geral, este procedimento não é oferecido pelas outras redes do ramo, e que a mudança foi estratégica. “Hoje ele já representa 9% do faturamento total da rede”. É também uma nova forma de receita para o franqueado”, completa.
Já o equipamento, explica o empresário, é o mais moderno do mercado e atende todos fototipos de pele, incluindo a bronzeada.
O maior desafio, porém, será a internacionalização. Kalaes afirma que esse processo exige uma equipe e estrutura local para dar suporte aos franqueados. No momento, Portugal e Colômbia são as duas primeiras opções da rede.
O sócio da Maislaser revela que o mercado de depilação a laser nesses países funciona, basicamente, por meio de consultórios e que existem poucas marcas próprias apenas para este serviço.
“Já demos os primeiros passos se relacionando com executivos locais, que conhecem o franchising e estão nos ajudando nesse sentido”. Por enquanto, a ideia é expandir no exterior por meio de um master franqueado.
Neste ano, a previsão da Maislaser é de alcançar 300 franquias e faturar R$ 250 milhões. De acordo com Associação Brasileira de Franchising (ABF), o segmento de Saúde, Beleza e Bem-Estar cresceu 13,4% em faturamento no primeiro trimestre de 2022.
Kalaes está otimista. “Não fechamos sequer uma unidade ao longo da pandemia, portanto, vamos aproveitar a volta do crescimento do franchising para continuar a expansão e alcançar nossa meta de 500 lojas”, finaliza.