Há alguns anos, o aprendizado de novas línguas vêm se tornando, quase que, obrigatória tanto no aspecto estudantil, como no profissional. Inclusive a chegada de instituições de ensino bilíngue no Brasil aumentou esse incentivo, gerando até novas regulamentações para esse método.
Acontece que, apesar desse tema estar super em alta, alguns brasileiros ainda sentem dificuldade em diferenciar alguns termos que tratam o mesmo assunto, mas que possuem significados completamente diferentes, o que aumenta as dúvidas.
Pensando nisso, a Maria Cláudia Amaro, fundadora da Rhyzos Educação, empresa que fomenta iniciativas pela educação básica no Brasil e que é detentora do Sistema de Ensino Bilíngue TWICE, resolveu esclarecer essas questões.
Primeiramente, precisamos compreender o que é multilinguismo. Essa palavra significa a coexistência de mais de um sistema linguístico diferente, podendo ser língua ou dialeto, em um único lugar.
“Aqui no Brasil, está escrito na Constituição Federal de 1988 que o idioma oficial é o português, mas na realidade existem muitas outras línguas faladas no nosso país, como a Língua Brasileira de Sinais, conhecida como LIBRAS, as inúmeras cidades que moram próximas às fronteiras, que falam espanhol e até mesmo holandês e francês, devido à proximidade com o Suriname e a Guiana Francesa. Resumindo, mesmo não sendo legalmente considerado, o Brasil é um país multilinguista”, explica Maria Claudia.
Já em relação ao bilinguismo, carro-chefe do TWICE, ele é descrito de três maneiras diferentes: o aditivo, que adiciona uma nova língua e não retira a outra, e o sub-ativo, que acrescenta outro idioma, mas um deles perde a importância. Como por exemplo, se um aluno chinês se mudar para São Paulo, sua língua nativa só será usada em casa, pois o meio que ele vive exige o português.
Para a fundadora, o último é o que de fato explica o que é uma pessoa bilíngue, que vai além da soma de dois idiomas, mas sim, que usa dois “códigos” para comunicar e entender a cultura por meio da linguagem.
Por fim, tem o plurilinguismo, que é uma abordagem que abraça a diversidade linguística e cultural, incentivando-a a desenvolver um papel positivo na sociedade. Além disso, a linguagem é uma ferramenta essencial para entender nosso mundo, para expressar quem somos e para descrever tudo ao nosso, portanto é ela quem desenvolve relacionamentos.
Depois dessa aula, ficou muito mais fácil compreender o termo e saber exatamente onde usá-los. Sem falar no encorajamento para aprender novas línguas e fazer parte de uma sociedade mais empática.
