Foram meses de incertezas para os negócios do setor de franquias durante a pandemia. Estratégias para manter o faturamento tiveram que ser implantadas em tempo recorde. Mas não só de infortúnios viveram os empresários que, observaram na crise do coronavírus, uma oportunidade para ampliar seus investimentos e criar negócios que fugiam do habitual de suas rotinas como franqueadores.
Da lavandeira para a venda de bolos artesanais
Para Fábio Roth, CEO da 5àsec no Brasil, o aumento das vendas pelo e-commerce realizado pela rede de lavanderias foi o ponta pé inicial para a criação de um novo empreendimento. Ao mesmo tempo em que o empresário observava a grande adesão dos consumidores ao canal on-line da marca, Fábio teve conhecimento de que uma colaboradora da 5àsec e um amigo estavam comercializando como hobby bolos artesanais pelo WhatsApp e que a demanda era tão alta que não estavam dando conta de tantos pedidos. Em setembro, surgiu a ideia de abrir um negócio voltado para o segmento de alimentação.
“Percebi que o e-commerce é um canal que se manteve em alta durante a pandemia e aliado ao hábito de consumo dos brasileiros, enxerguei uma oportunidade em um nicho diferente do meu cotidiano, que é o de alimentação. Junto com a Daniele Helt, colaborada da 5àsec, e o Jorge Britto, meu amigo, criamos um negócio que visa preservar os sabores artesanais dos produtos e ao mesmo tempo seja ligado a tecnologia”, comenta o executivo.
Chamado de Dona Eva Sabores Artesanais, nome em homenagem a mãe do empresário, a nova empresa irá fornecer bolos, pães, sobremesas e cucas 100% artesanais e serão produzidos e enviados de uma cozinha pelo delivery da marca até a casa do consumidor. E os planos não param, para o futuro a ideia é abrir uma loja ‘itinerante’ e levar as delícias da Dona Eva para pontos estratégicos para fomentar a degustação e a experiência do consumidor.
Dos fornos para os ônibus
Sócio-fundador do Mr. Cheney – rede de franquias especializada em cookies tipicamente americanos – Lindolfo Paiva percebeu uma oportunidade para diversificar seus investimentos, ingressando em um mercado totalmente novo, desta vez voltado ao segmento B2B. Ele investiu na Grifebus, empresa pioneira no fornecimento de tecidos para forração e tapeçaria de ônibus, micro-ônibus e vans. Ela já tinha um bom histórico neste nicho e estava prestes a fazer uma parceria com a ChromaLíquido, especialista em inovação têxtil, para o fornecimento de soluções produzidas a partir do fio Amni® Virus-Bac off da Rhodia, que reduz a contaminação cruzada de vírus, incluindo os da classe do coronavírus.
“De forma geral, vírus e bactérias podem aderir às superfícies têxteis, facilitando a transmissão cruzada, ainda mais no transporte, onde o volume de passageiros é muito elevado e constante. Segundo estudos recentes, o novo coronavírus pode ficar ativo por pelo menos dois dias em temperatura ambiente. Nossa solução visa atacar, justamente, esta fragilidade do transporte, com um tecido confeccionado a partir do fio antiviral e antibacteriano, que possui efeito permanente, inclusive após lavagens periódicas e atrito constante. O material pode ser aplicado não apenas em capas e bancos, como também em cortinas, anteparos, divisórias e superfícies do ônibus, reduzindo significativamente os riscos de transmissão”, explica Lindolfo Paiva.
O empresário inclusive estuda fazer uma parceria da Grifebus com o Mr.Cheney para revestir algumas unidades da cookie store com o tecido antiviral.