Uma greve dos Correios, como a recém-iniciada, sempre causa apreensão em vendedores e consumidores. Afinal, a estatal é responsável por quase 40% das entregas de encomendas no Brasil, segundo dados da Ebit/Nielsen. Neste momento, em que os transtornos potenciais das paralisações ficam mais evidentes, também ficam mais claras as vantagens dos marketplaces com geolocalização.
A geolocalização é a tecnologia que, por meio do smartphone ou do navegador de internet, aponta onde um usuário está situado. Nos marketplaces, que reúnem múltiplos comerciantes (sellers), áreas de estoque e centros de distribuição, a geolocalização permite o atendimento ao consumidor pelo local de disponibilidade do produto mais próximo. “Além de dar agilidade ao processo e reduzir valores de fretes, a funcionalidade facilita as entregas por transportadoras ou portadores, assim como as retiradas pelos clientes”, afirma Henri Claude Le Bourlegat, especialista em varejo eletrônico e fundador e CEO da CaZco Digital, empresa dedicada a soluções de marketplace.
Nem todos os marketplaces contam com a geolocalização. Naqueles que a utilizam, ela funciona a partir dos cadastros dos vendedores e compradores, quando eles informam seus endereços. “A plataforma realiza automaticamente a melhor correspondência entre localizações para definir o atendimento mais rápido, além de já calcular o valor do frete e dos impostos envolvidos”, explica Le Bourlegat.
O CEO da CaZco Digital acrescenta que a geolocalização também é ideal para marketplaces de franquias. Quando um cliente realiza uma compra no portal, a plataforma direciona o pedido para a loja mais próxima do endereço de entrega. A mesma lógica facilita o trabalho com assinaturas (compras regulares de determinados produtos), modalidade crescentemente adotada pelas redes. “Da mesma forma, o recurso é de extrema utilidade para marketplaces de marcas da indústria, de prestação de serviços ou ainda para os marketplaces B2B, que envolvem transações entre empresas”, observa Le Bourlegat.