Os óculos têm se tornado um acessório de moda indispensável para os brasileiros que adoram variar o look com armações diferenciadas. E, para manter o estilo em dia, muitos optam em adquirir armações e lentes falsificadas em camelôs, e acabam deixando a saúde de lado. Tanto que, segundo a ABIÓPTICA, a associação que representa as empresas do mercado nacional, estima-se que, apenas em 2016, cerca de R$ 9 bilhões de reais, de um total de R$ 19,6 bilhões, foram provenientes desses produtos ilegais.
“Muitas vezes, por economia, o consumidor compra óculos em lugares sem procedência para pagar mais barato e ter o acessório para, supostamente, voltar a enxergar melhor e ficar na moda. Com isso, ele não tem noção do perigo que está provocando à saúde dos olhos”, afirma Arione Diniz, presidente e fundador das Óticas Diniz – maior rede de varejo óptico do País.
Outro agravante da falsificação é que traz maiores prejuízos à sociedade. “Quem lida com esses itens também contribui para a sonegação de impostos, já que quase a metade do faturamento do segmento óptico vem da pirataria. E isso atrapalha o crescimento do mercado, além de favorecer o desenvolvimento de doenças oculares que podem levar a perda da visão, pois a armação e as lentes do comércio popular ilegal não têm a mesma procedência e garantia que as óticas oferecem”, explica o executivo.
Em tempos de crise, a preferência por óculos pirateados tende a aumentar entre os brasileiros. Nos últimos dez anos, os órgãos fiscalizadores apreenderam mais de 80 milhões de unidades de produtos ópticos falsificados, de acordo com a ABIÓPTICA. “É fácil entender o motivo. Com pouco dinheiro no bolso, o consumidor abre mão da qualidade para ter o seu acessório, ainda que falsificado, mas se esquece que o material destes itens é frágil, pode descascar e quebrar. Ou seja, as perdas são enormes para todos, principalmente para quem utiliza o objeto”, analisa Diniz.