O Brasil possui cerca de 30 milhões de aposentados e pensionistas, segundo IBGE. Para muitas pessoas nessa situação, a aposentadoria pode significar o começo de uma nova ocupação. De acordo com o último Relatório Executivo sobre o empreendedorismo no Brasil, realizado pela Global Entrepreneurship Monitor-GEM, em parceria com o Sebrae, 34,6% dos empreendedores brasileiros têm idades entre 55 a 64 anos, sendo o segundo maior grupo etário de investidores. Confira cases de empreendedores que não aceitaram ficar parados e resolveram abrir um novo negócio depois de aposentados.
João Neto C. Farias- Ceofood
João Neto C. Farias, de 69 anos, atuou por mais de três décadas na área técnica de uma grande empresa de telecomunicações. Nascido em Paratini, interior do Rio Grande do Sul, se mudou no inicio dos anos 2000 para Florianópolis, Santa Catarina, onde mora até hoje.
Após ter se aposentado, em 2010, João buscava por uma oportunidade para investir o dinheiro que guardou ao longo de sua carreira. Depois de algumas pesquisas na internet, conheceu o Ceofood, aplicativo de delivery focado em cidades do interior e regiões periféricas, que, ao contrário de outros players do ramo, não cobra nenhuma taxa dos pedidos feitos pela plataforma. Por ser um negócio ligado à tecnologia, João se identificou e decidiu se tornar um franqueado em outubro de 2018. “Fiquei um tempo parado, até que procurei uma ocupação. Escolhi me tornar um franqueado Ceofood, pois visualizo na marca a possibilidade de um crescimento potencial. Já indiquei a Ceofood para muitas pessoas de outras cidades pois, por ser um franqueado antigo, muitos me procuram para esclarecimento de dúvidas. Eu sempre recomendo, pois estou muito satisfeito com os resultados”, conta João.
Eduardo Souza- Top English
Eduardo Souza, 58, trabalhava em uma multinacional como líder de projetos em T.I., porém, seu inglês sempre foi técnico. Após diversos cursos não obteve o resultado desejado. Conheceu a Top English, rede de franquias com metodologia diferenciada na qual o professor vai até a casa/trabalho do aluno, quando sua filha começou a trabalhar como professora na rede. Aposentado desde 2017, Eduardo sentia a necessidade de atuar profissionalmente em outra área, mas não sabia exatamente qual. Após diversos relatos da filha sobre a escola de ‘inglês delivery’, o ponto crucial para o ex-coordenador de T.I. investir em uma franquia da marca foi quando ouviu o depoimento de uma pessoa sobre quanto aprendeu no período em que estudou na escola. O encontro com Dilson Kossoski, fundador da rede, e também a ideia de trabalhar distribuindo conhecimento para as pessoas fez com que, em janeiro de 2019, Eduardo Souza investisse em uma franquia da rede na cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo. Após quase um ano de existência, sua unidade já atendeu mais de 80 pessoas, e em 2020, Eduardo tem a expectativa de atender 110 novos alunos.
Nascida na capital de São Paulo, Elizabeth Cortelli era gerente comercial e trabalhou por 20 anos em uma empresa que desenvolvia softwers para centrais de comunicação. Depois de aposentada, a empreendedora, que sempre quis abrir o próprio negócio, resolveu investir na Temaki Fry, uma franquia de restaurantes de comida japonesa. Hoje, aos 62 anos, Elizabeth é responsável pela unidade de Moema e fatura cerca de R$ 1,8 milhão por ano.
Emídio Alberto Mendes- Vazoli
Emídio Alberto Mendes, de 73 anos, sempre trabalhou com café. Natural de Santos, no litoral paulista, se mudou para Itapira, no interior de São Paulo, em 1984 para gerenciar uma empresa cafeeira, que encerrou suas atividades em 1996. Emídio se aposentou no ano seguinte, mas com a experiência acumulada no setor, decidiu abrir seu próprio escritório especializado no grão. O novo empreendimento funcionou até o final de 2012, quando um amigo do mercado financeiro sugeriu a abertura de uma sociedade. Após algumas pesquisas, conheceu a Vazoli, franquia especializada no ramo de empréstimo consignado e seguros em geral. Apesar de ser fora de sua área de atuação, Emídio resolveu investir e abriu uma unidade na marca na cidade em que mora no ano de 2013. Hoje, o aposentado se diz satisfeito com investimento, sua unidade movimenta cerca de R$400 mil mensais. “Meu amigo acabou desistindo do negócio, mas como eu sempre busquei novas oportunidades, optei por me tornar um franqueado. A marca é bastante conhecida na cidade e hoje sou muito feliz da escolha que fiz lá atrás”, conta Emídio.