Já se sabe que a pizza é uma paixão nacional: os brasileiros amam tanto o prato italiano que aqui, estima-se, são consumidas cerca de um milhão de pizzas por dia, sendo que o Brasil é um dos maiores consumidores internacionais desse prato.
Foi o mercado delivery que popularizou de vez as pizzas no Brasil, revolucionando até mesmo a maneira de se vender comida no país. Anteriormente, os restaurantes faziam das entregas apenas um serviço adicional, já que o foco era em vendas presenciais. Com o surgimento dos smartphones e a popularização dos aplicativos, fez-se necessário o investimento para serviços delivery – tanto que algumas empresas nem fazem mais questão de serviços presenciais, dado o tamanho da importância dos pedidos delivery.
“Existe aí um novo mercado com uma demanda cada vez mais crescente e variada. A forma de se pedir comida mudou e o pagamento também: são poucos as que ainda usam dinheiro vivo, pois preferem pagamentos digitais ou pelo cartão”, explica Henrique Mol, diretor executivo da rede de franquias Fórmula Pizzaria. “O dia a dia é muito corrido e exige demais das pessoas. Muita gente já não quer mais gastar tempo preparando comida: querem resolver isso da forma mais rápida possível, e o serviço delivery aparece como a solução para esse caso”. A Fórmula possui quatro modelos de negócio e, entre eles, está a modalidade delivery: a partir de R$145 mil é possível se tornar um franqueado.
Em média, a Fórmula registra cerca de 10 mil pedidos por mês através de suas 14 unidades franqueadas em operação. Neste ano, a rede faturou R$ 6 milhões.
A mais pedida
Segundo o relatório Revolução Delivery do iFood, maior aplicativo de pedidos do Brasil, cerca de 26% dos pedidos recebidos na plataforma aos domingos são pizzas. Inclusive, entre as categorias de restaurantes com maior volume de pedidos na plataforma estão aqueles especializados em pizzas.
“Você percebe que é um prato que faz parte da rotina do brasileiro. E o delivery contribuiu muito pra que isso acontecesse. Conheço muita gente que não consegue ficar uma semana sem comer pizza. Às vezes você tá cansado da rotina pesada e não tem cabeça pra pensar em mais nada, então pede uma pizza e pronto, problema resolvido. É prático e gostoso, dá pra alimentar a família inteira”, comenta Mol.
O diretor afirma que o modelo de negócio comercializado pela Fórmula que mais desperta a atenção dos investidores é o formato 100% delivery: “A estrutura é menor e, consequentemente, o valor do investimento também. Sem contar que hoje o crescimento da comida fora de casa é uma realidade”.
No mercado de franquias o setor de alimentação sempre apresenta bons resultados e chegou a movimentar R$11,61 bilhões apenas no terceiro trimestre deste ano. Como um todo, o setor alimentício faturou R$520,5 bilhões no Brasil em 2017, uma alta de 4,6% em relação ao ano anterior, segundo relatório da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA).
Na frente
Com mais de 40 opções de pizzas no cardápio, a Fórmula deu um passo à frente e desenvolveu a única central de atendimento do Brasil. Localizada na sede da rede em Belo Horizonte, a Central atende todas as unidades franqueadas localizadas em diversas regiões do país. “O cliente faz uma ligação local e é automaticamente direcionado para Belo Horizonte. Todos os pedidos via telefone, site ou aplicativo da rede caem direto na Central”, explica o diretor.
Além da Central de Atendimento a rede possui uma cozinha central que distribui insumos a todas as unidades franqueadas: alguns produtos chegam processados e outros já porcionados, não havendo necessidade de preparar molhos ou fatiar alguns alimentos. “Todos os produtos necessários nos procedimentos das pizzas e calzones são distribuídos através da Cozinha Central, a não ser itens frescos como cebola, tomate, pimentão, ovos e manjericão, por exemplo”, explica Mol.
A frequência dos abastecimentos varia conforme a distância da unidade em relação à central (localizada também em Belo Horizonte), mas todas são abastecidas igualmente. A centralização da produção e da distribuição rendeu à rede uma economia média de 15%. Tanto diferencial fez com que a Fórmula comercializasse cinco franquias neste ano.
Para o diretor, 2019 tem tudo para ser um ano próspero para a Fórmula e para o franchising como um todo: “O último trimestre de 2018 foi um pouco mais complicado por conta das eleições presidenciais do Brasil. O clima incerto reduziu um pouco as vendas, as pessoas estavam com medo de investir. Nós estamos esperançosos com a definição do novo governo que promete estimular novos investimentos no país”. A previsão da rede é comercializar 15 novas unidades em 2019 e atingir um faturamento de R$10 milhões.