A expectativa já era positiva no começo de 2017 e foi confirmada agora em 2018. Após dois anos de retração, o volume de vendas de colchões e estofados voltou a crescer ano passado, registrando alta de 1,5%. Em números, esse montante representa 30,9 milhões de unidade vendidas – frente aos 29.650 milhões de 2016 – e alcançou uma cifra de R$ 12,480 bilhões. Para 2018, as projeções são ainda melhores, com um crescimento na faixa entre 2,8% e 3%.
Se com um mercado não tão otimista a Anjos Colchões manteve seu plano de expansão estruturado, abrindo 15 novas unidades em 2017 e 10 em 2016, para 2018 o ritmo será mais acelerado, com ao menos 30 lojas. Para explorar as novas oportunidades de mercado, a rede se reinventou e trouxe parcerias capazes de promover novos pontos de vista e desenvolver um tino mais varejista para uma rede notoriamente industrial.
“Cada mercado tem uma dinâmica diferente e é por isso que o nosso primeiro passo foi trazer expertise de pessoas de outros segmentos, que têm visões e experiências completamente diferentes da nossa. Prezamos por ter conosco uma equipe variada, que agregue em entender o consumidor brasileiro e as peculiaridades de cada região onde queremos expandir. Para chegar onde queremos, enxergamos como natural o caminho que estamos trilhando”, afirma Leonardo dos Anjos, gestor da rede.
Para dar conta dessa demanda, a Anjos Colchões conta com um complexo fabril de 33 mil m² de área construída na cidade de Capitão Leônidas Marques, no Paraná, e mais dois complexos menores, em São Roque/SP e João Pessoa/PB, que são capazes, juntos, de atender o consumo de até 200 lojas, meta traçada para 2020. Com uma frota que atende just in time a demanda de toda a rede, os colchões e estofados são distribuídos a todos os franqueados, gerando mais de 600 empregos diretos e 1800 indiretos.
Em paralelo com o plano de expansão pelo sudeste brasileiro, a atual unidade fabril em João Pessoa receberá investimento para conseguir atender em até 70% a demanda regional. O aporte financeiro irá ampliar não apenas a infraestrutura do complexo, mas também capacitar a mão-de-obra local para produção dos colchões. Embora soe uma forma mais lenta de chegar à região, os planos da Anjos Colchões vão ao encontro da solidez conquistada pela empresa nos últimos anos: expandir de forma segura e objetiva.
Aos interessados, o investimento inicial é a partir de R$ 180 mil, já incluso a taxa de franquia, com payback de 16 a 24 meses. A margem de lucro gira em torno de 10% a 15% do faturamento, que pode chegar a R$ 80 mil/mês. Embora a área mínima do empreendimento seja grande, acima de 90m², é preciso apenas dois funcionários, podendo ser o franqueado mais um funcionário, o que torna o negócio ainda mais atrativo.
Futuro promissor para o setor de colchões no Brasil
Quando o assunto é colchão, o País se destaca entre os maiores produtores do mundo, próximo aos mercados como China, Estados Unidos e Canadá. Em 2017, por exemplo, foram produzidas pelas empresas nacionais 17,7 milhões de produtos e dados do Anuário de Colchões dão conta que o setor movimenta até R$ 7 bilhões por ano. O quadro otimista está ligado diretamente a três fatores, segundo estudo do IEMI – Inteligência de Mercado: retomada de crédito, melhora na confiança do consumidor e uma breve recuperação do mercado imobiliário, motivando os novos proprietários a investir na troca de móveis.
Nesse ritmo e com atuação predominante no sul do país, incluindo três unidades na Ciudade Del Este, Paraguai, a Anjos Colchões projeta um crescimento 10% maior do que o comparativo do ano anterior. Em âmbito nacional, as três principais categorias que produzem e abastecem o mercado interno em volume são os produtos feitos de espuma, molas e cama box, respectivamente. Para dar conta dessa demanda, dados de uma pesquisa feita pelo Intelligence Group revelou que cerca de 68% das empresas já produzem a própria espuma, otimizando o processo fabril.
Do pó aos céus, uma história de empreendedorismo
O plano de expansão bem estruturado da Anjos Colchões traz em si os ideais de seu fundador, Claudinei dos Anjos. A história do jovem pai de família, de Capitão Leônidas Marques, começou em 1990, com um barracão de apenas 250m² cedido pela prefeitura. Inspirado pelo sogro e motivado com a ideia de estimular a economia local, Claudinei, junto de mais quatro funcionários, passou fabricar estofados, vendendo em feiras e eventos pela região. Aos poucos, o negócio prosperou e cresceu; até em 1999, quando uma solda caiu em cima de um material plástico e incendiou e destruiu toda a fábrica.
A solução proposta foi uma concordata branca com todos os fornecedores: as dívidas foram renegociadas e mais matéria-prima foi comprada. Em dois anos, a Anjos se reergueu ainda mais forte e passou, em 2001, a fabricar a própria espuma para dar conta da demanda. Entrou também nessa época uma nova linha de produtos, que prosperou rapidamente e repaginou todo o negócio: os colchões. Seis anos depois, em 2007, foi criada a Anjos Colchões Franchising, projeto que deu início a Rede Franquia Anjos, que conta hoje com 60 unidades em sete estados brasileiros (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo), além de 3 lojas no Paraguai.