Formada em Direito com pós-graduação em Direito Público, dona de um emprego fixo capaz de causar inveja em boa parte da população brasileira, Laíne Mangueira foi surpreendida com a notícia de demissão após quase dez anos de experiência em sua área de atuação. Fora do mercado de trabalho, ela apostou alto em uma área inusitada.
“Pesquisei o mercado de franquias e optei pela Maria Brasileira, que trabalha no ramo de limpeza. O nosso serviço mais procurado é o limpeza pós-obra. O serviço é contratado por construtoras e até mesmo por pessoas que resolvem dar uma repaginada do ambiente”, explica Laíne, que fatura em média R$ 40 mil/mês com o negócio e quer fechar 2017 com R$ 500 mil em movimentação.
Apesar do sucesso, o principal dilema da jurista no início da própria empresa foi aceitar a nova carreira.
“Me via com os diplomas embaixo do braço voltando para casa da minha mãe. Foi muito difícil voltar para João Pessoa após trabalhar nos lugares por quais passei sem ter um emprego em vista”, complementa.
Pouco a pouco, com a decisão tomada e a unidade montada, Laíne percebeu que era necessário entrar de corpo e alma em sua missão de empreender.
“No começo das unidades eu precisei sim colocar a mão na massa. Quando funcionários não apareciam eu precisava repor. Já fiz limpeza pós-obra e sempre me senti parte da equipe, via como uma oportunidade de motivar meus funcionários”, relembra.
Com a unidade em funcionamento da Maria Brasileira, Laíne está otimista. Sua meta é dobrar o faturamento no próximo ano. O objetivo do faturamento milionário, no entanto, não assusta a advogada, que chega a envolver até 20 colaboradores em um único serviço de limpeza.
“O mercado imobiliário passou por uma crise forte, mas existe oportunidade dentro deste setor, sobretudo na região Nordeste. Sinto que as coisas estão melhorando e por isso estou otimista”, finaliza.