O IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo) de março fechou com queda real (já descontada a inflação) de 1,6%, em comparação com o mesmo período de 2016. A boa notícia é que o setor estima crescimento para os próximos meses de 2,7% em abril, 3,8% em maio e 3,9% em junho, na comparação anual. Vale ressaltar a importância do IAV-IDV, que consegue antecipar de 30 a 40 dias a tendência de resultados da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE.
O segmento de bens não duráveis, que responde em sua maior parte pelas vendas de super e hipermercados, foodservice, drogarias e perfumarias, apresentou queda de 6,2% nas vendas realizadas em março, na comparação anual. No entanto, as projeções para os próximos meses sinalizam crescimento real de 2,3% em abril, 2,0% em maio e 3,1% em junho.
O setor de semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, apresentou, em março, crescimento real de 3,3% na comparação anual. A expectativa para os próximos meses é positiva, com projeções de crescimento de 2,6% em abril, 4,9% em maio e 4,2% em junho, sempre em relação aos mesmos períodos do ano anterior.
O setor de bens duráveis teve forte aumento real em março, de 10,7%, em relação ao mesmo mês do ano anterior. A projeção dos associados para os próximos meses é de crescimento de 3,7% em abril, 7,6% em maio e 5,9% em junho.
A inflação acumulada dos segmentos em 12 meses, em março de 2017, segundo o IBGE, foi de 3,64% para a categoria de bens não duráveis e de 2,65% para a de semiduráveis. Já para os duráveis houve deflação de 0,01%.
Sobre o IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas)
Criado em outubro de 2007, o IAV-IDV é um índice que consolida a evolução das vendas efetivamente realizadas pelos associados do IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo), com o intuito de projetar expectativas para os próximos meses e, assim, servir de base de informação para a tomada de decisão dos executivos do varejo.
Para se chegar aos números apresentados pelo IAV-IDV, as empresas associadas reportam seus próprios resultados e suas expectativas sobre vendas no futuro. Em seguida, estas respostas são ponderadas de acordo com o respectivo porte de cada empresa, para que se alcance indicadores como o volume de vendas e o faturamento nominal. Os dados extraídos pelo indicador têm permitido uma visualização mais ampla do comportamento do mercado para um período futuro de até três meses.