PIB em queda, inadimplência, altas taxas de juros (Selic), desemprego, altos índices inflacionários, ascensão do dólar, são, como todos sabem, indicadores ruins para a economia brasileira e, consequentemente, para os negócios. Notícias negativas em meio à crise econômica não faltaram este ano, principalmente para os empreendedores. Para o próximo ano não deve ser muito diferente e segundo estimativas coletadas pelo Banco Central e divulgadas através de um relatório de mercado chamado “Focus” no início de dezembro, espera-se pouca expansão econômica para 2017.
Mesmo em um cenário de total instabilidade, algumas franquias tiveram que sair de sua zona de conforto e passaram a tomar atitudes pró-ativas para não sucumbirem. Hoje colhem os frutos através dos bons resultados obtidos e contam como conseguiram se sobressair, o que puderam aprender em 2016 e quais são os planos para 2017. Confira alguns depoimentos e se inspire.
A MTCred – franquia de assessoria de crédito pessoal teve um crescimento de 300% em relação a 2015, saltando de 8 para 24 franquias, sem contar as 10 próprias, totalizando 34 unidades da rede espalhadas pelo Brasil. Este ano alcançaram um faturamento de 156 milhões de reais, tudo graças à reestruturação interna, uma redução de 50% dos royalties para os franqueados e novos modelos de franquias, aumentando o lucro de cada unidade e atraindo novos parceiros para a rede.
Para 2017 a rede espera abrir 100 novas unidades e crescer 300% em número de franquias e faturamento.
“A crise tem seu lado positivo, ela nos dá abertura para renegociar com fornecedores, enxugar despesas desnecessárias e motivar nossa equipe a entregar um resultado per capita maior, há também uma grande disponibilidade de mão de obra qualificada com um custo menor. A principal iniciativa em nossa área comercial foi a criação da Franquia Smart.” – Raniery Queiroz, presidente da MTCred.
Na Mary Help, franquia especializada em serviços de profissionais diaristas e seleção de mensalistas, a crise econômica que atingiu milhares de empresários brasileiros, passou longe. A rede saltou esse ano de 38 para 57 unidades em todo o Brasil, crescendo 50%. Segundo José Roberto Campanelli, fundador da Mary Help, a rede cresceu de maneira significativa porque muitas pessoas que perderam os empregos estão procurando franquias mais baratas como alternativa para investir.
Atualmente, a Mary Help fatura em torno de R$ 17 milhões com suas unidades em operação. Esse número deve crescer em torno de 50% no próximo ano, conquistando cerca de 30 a 40 novas unidades.
“Mais importante que o número de unidades é a consistência com que a rede cresceu e a qualidade dos serviços prestados pelos franqueados aos seus clientes. De maneira diferente do que acontece em outras redes de franquia, nunca foi interesse crescer de maneira abrupta, negligenciando o desenvolvimento sustentado do negócio, a assistência aos franqueados e a satisfação dos clientes. Hoje a Mary Help faz mensalmente o agenciamento de quase 1500 profissionais diaristas e 14 mil diárias em residências e empresas. Na avaliação constante de pós-vendas com clientes o índice de satisfação chega próximo a 9,5.” – José Roberto Campanelli, fundador da Mary Help.
Especializada na instalação, manutenção, consultoria e comercialização de varais, a Só Varais foi outra franquia que não se deixou levar pela crise. A rede cresceu cerca de 8% com relação ao ano passado e atendeu em média 750 clientes por mês, incluindo vendas físicas e online.
Para superar a crise econômica, a Só Varais realizou promoções – ao adquirir um varal, o cliente ganhava a instalação e prendedores de brinde, investiu em novos modelos de varais, deixou fornecedores de lado e apostou na fabricação própria de alguns itens, contratou mais funcionários, criou um departamento de expansão dentro da própria rede, participou de eventos e realizou treinamentos para melhor atender seus consumidores.
“A crise econômica está deixando um importante legado para o Brasil, que está mudando a forma de pensar e agir e especialmente os empreendedores estão aparecendo cada vez mais. Ela nos ensinou, sobretudo, que precisamos nos reinventar, investir em novas estratégias, seja com o lançamento de produtos ou com novas iniciativas e campanhas de marketing” – Williams Duarte, diretor comercial da Só Varais.
Com uma unidade piloto e outra franqueada em São Paulo, a Só Varais pretende em 2017 conquistar mais 13 novos franqueados.
A primeira e maior escola de programação e robótica (Ciência da Computação) para crianças e adolescentes do Brasil – SuperGeeks, também cresceu bastante em 2016. A rede abriu 25 novas unidades, registrando crescimento de 625%, sendo o faturamento proporcional.
Um dos fundadores da SuperGeeks, Marco Giroto, conta que a crise fez com que muitos pais de alunos percebessem a importância da qualificação educacional, pois sabem que se no futuro o país enfrentar novas crises, seus filhos estarão preparados para passar por elas sem muitos percalços.
“A SuperGeeks começou na crise, que teve seu auge em 2016, e com certeza impactou um pouco, porém, por se tratar de algo novo, a quantidade de alunos que se matricularam conosco foi muito boa. A tendência agora é um crescimento maior em número de alunos do que foi em 2016. Nossa estratégia para se manter a frente é continuar sendo a melhor escola e isso só se consegue com material didático de primeira, instrutores altamente qualificados, pedagógico excepcional e cursos avançados que não se encontram nem em países de primeiro mundo. Existem muitas escolas com conceitos parecidos, mas qualidade diferente e quando falamos em educação, qualidade é o ponto primordial” – Marco Giroto, um dos fundadores da SuperGeeks.
A SuperGeeks já tem percebido uma melhora para 2017 através das rematrículas de alunos, que são maiores do que as realizadas no final de 2015. A expectativa da rede que conta com 30 unidades, é ter 80 em 2017. A rede já está se preparando para uma demanda 30% maior devido principalmente ao lançamento de três novos cursos.
Diferente de 2015, a Tutores – franquia de educação complementar voltada para o reforço escolar multidisciplinar, registrou em 2016 um aumento de 22% no número de cadastros de alunos. A crise econômica fez a rede colocar em prática iniciativas para um mapeamento mais minucioso de todas as áreas pelas quais era possível ter unidades, principalmente em cidades menores e adaptou a taxa de franquia e royalties. A marca também investiu fortemente em capacitação no intuito de qualificar mão de obra e auxiliar os franqueados em suas demandas.
“Toda crise econômica é um sinal de alerta, seja ela temporária ou não. Além das prevenções com redução de custos e mapeamento de perdas, é fundamental extrair oportunidades que só são encontradas em momentos como esse. No franchising somos sempre os primeiros a aderir aos planos preventivos e também a sair das crises econômicas” – André Luiz André da Silva, gerente da Tutores.
Com mais de 100 unidades em todo país, a Tutores espera em 2017 alcançar 200 unidades e 20% de aumento nas vendas.
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