O comércio eletrônico paulista registrou faturamento real (já descontada a inflação) de R$ 3,54 bilhões no segundo trimestre de 2016, alta de 1,4% na comparação com o mesmo período de 2015. Por outro lado, o setor acumulou queda de 3,3% no primeiro semestre deste ano. É o que aponta pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizada por meio do seu Conselho de Comércio Eletrônico, em parceria com a Ebit.
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico FecomercioSP/Ebit traça as comparações entre o faturamento mensal do e-commerce e das lojas físicas no Estado, segmentado em 16 regiões. Também são disponibilizados dados sobre os números de pedidos, tíquete médio e variações reais nas vendas do setor.
A participação do e-commerce nas vendas do varejo paulista no segundo trimestre deste ano ficou estável em 3,2% quando comparada ao mesmo período do ano passado. Já o número de pedidos on-line no Estado registrou crescimento de 1,1%, passando de 9,160 milhões para 9,256 milhões.
Para a assessoria econômica da FecomercioSP, o resultado positivo só foi possível devido ao aumento de 17,4% das vendas no mês de junho em relação ao mesmo período de 2015. Isso porque nos cinco primeiros meses do ano houve queda no faturamento do setor. Ainda de acordo com a Entidade, assim como o varejo paulista, o e-commerce vem sofrendo com a inflação elevada, que compromete o poder de compra dos consumidores, com os juros altos, com a menor oferta de crédito ao consumo, aumento do desemprego e a baixa disposição da população em contrair financiamentos.
Já o valor médio por pedido ficou praticamente estável (0,3%) passando de R$ 380,90 no segundo trimestre de 2015 para R$ 382,05 observados no mesmo período de 2016.
Para a FecomercioSP, nem os avanços tecnológicos e a mudança de hábito dos consumidores foram capazes de mitigar os efeitos da crise no setor, que vinha crescendo a taxas de dois dígitos até 2014. A retração do faturamento no primeiro semestre do ano pode ser explicada pelo fato de muitas das atividades que mais estão sofrendo com a crise, como vestuário e calçados e eletrodomésticos e eletrônicos, serem exatamente as com maior participação do e-commerce.
Capital
O comércio eletrônico na cidade de São Paulo fechou o segundo trimestre de 2016 com faturamento real de R$ 1,473 bilhão, alta de 9,9% se comparado com o mesmo período do ano passado. Em relação ao número de pedidos na Capital, foram registrados mais de 3,9 milhões, com tíquete médio de R$ 374,24.
De acordo com a Federação, a Capital foi a região com a maior participação do comércio eletrônico no faturamento do varejo, 4,5%, seguida pelo Litoral com 3,7% e Taubaté 3,5%.
Entre as 16 regiões analisadas pela PCCE, considerando o faturamento acumulado no segundo trimestre de 2016, além da Capital (9,9%), apenas três registraram variação positiva em relação ao mesmo período de 2015, Osasco (11,3%), Taubaté (4,3%) e Sorocaba (0,9%).
Já com relação ao tíquete médio, as regiões que registraram os maiores gastos foram Taubaté (R$ 434,65), São José do Rio Preto (R$ 429,16) e Sorocaba (R$ 416,83).
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico FecomercioSP/Ebit (PCCE) para o Estado de São Paulo é realizada com dados fornecidos pela Ebit e permite análise sobre a participação do comércio eletrônico no varejo paulista. As informações são segmentadas pelas 16 regiões definidas pelas Delegacias Regionais Tributárias que englobam todos os 648 municípios paulista, abrangem todas as atividades varejistas constantes do código CNAE 2.0.
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