A expansão dentro da própria rede é uma prática de negócios muito comum nos Estados Unidos. A tendência americana, também tem uma boa aceitação no Brasil, tanto pelos franqueados, quanto pelos donos das redes. Por aqui, a questão tem ganhado dimensão e a cada dia surgem mais multifranqueados dominando o mercado.
Entre as vantagens que o leva a optar por obter mais de uma unidade da mesma marca, está o fato de ele já conhecer bem o empreendimento no qual faz parte. Ou seja, ele já domina a operação o que consequentemente gera maiores chances de ganhar o mercado e aumentar a margem de lucro.
Na avaliação do diretor executivo da Maria Brasileira, Eduardo Pirré, o modelo é benéfico, mas exige planejamento. “De fato é necessário uma organização de todos os envolvidos, tanto da nossa parte quanto a do interessado. Nós procuramos sempre fazer um processo de avaliação contínua em que o habilita ou não, a expandir. Consideramos importante também o perfil do franqueado, já que ele vai deixar de operar um ponto de venda para ser gestor de uma “rede de unidades”, o que envolve muita responsabilidade e gestão.”, explicou Pirré.
A franqueadora é especializada em multisserviços com foco em limpeza e serviços domésticos. Há três anos no mercado, segue essa estratégia de expansão interna. Das mais de 150 unidades, 16% são de franqueados que optaram pela aquisição da segunda. “O bacana de possibilitar a abertura de operações para quem já é franqueado, é que este, tem muito conhecimento sobre a marca. Eles dominam os serviços, como funciona a operação e o mercado. Enfim, já tem identidade! Esse know-how contribui muito para o desenvolvimento do novo negócio”, explicou Eduardo.
No Rio de Janeiro a cena é essa. Geraldo Estolano, 35 anos, é um dos protagonistas. O empresário começou a operação com a unidade Barra da TijucaI, em setembro de 2013. Com o sucesso da operação, após 10 meses, ele foi impulsionado a adquirir a unidade Barra da Tijuca II. Com a aceitação do mercado pelo negócio, logo ele adquiriu as unidades de Abelardo Bueno, em junho de 2015, e Recreio dos Bandeirantes em agosto, do mesmo ano.
Entre os motivos que o levou a optar por abrir várias unidades da mesma bandeira e não diversificar os investimentos em outras redes é devido ao nicho no qual a marca está inserida. Estolano conta: “É um negócio promissor e crescente até hoje, principalmente, após a PEC das domésticas. Além disso, o vasto portfólio de serviços que a rede oferece e o suporte dado pela franqueadora é excelente. Eles não param no tempo! Temos sempre novidades e novos produtos, onde, é claro, há nicho no mercado”.
Sabemos que conduzir um negócio não é fácil, quatro então, envolve muito trabalho e divisão de funções para que tudo aconteça de forma exata e produtiva. Geraldo conta como faz para administrar os trabalhos. “Nossa gerência é toda composta pelos sócios, operacional, comercial e financeira. Hoje somos três e nos dividimos para que o foco de cada um seja dedicado ao seu setor. Acho essencial para nosso negócio o acompanhamento do sócio/dono da unidade”, explicou.
Dizem que empreendedor busca oportunidades e iniciativas, correto? Se depender de Geraldo a afirmativa é legítima. “Temos planos em abrir mais unidades. Apesar da crise que vivemos, estamos sobrevivendo e a ela não tem nos afetado tanto. Aprendi durante esses anos que é fundamental ter uma unidade enxuta, hoje temos que produzir muito com pouco, buscar pessoas pró ativas e com capacidades de desempenhar mais de uma função na empresa”, finalizou.
“Fizemos uma estratégia, queríamos conquistar uma boa parcela do município”
Sebastião Rolim Jr, 45 anos, em sociedade com Erica Pedroza Santos, 40 anos, iniciaram as atividades na Maria Brasileira em outubro de 2015 já com duas unidades, também na cidade do Rio de Janeiro; Copacabana Oeste e Flamengo.
Com sucesso nos negócios e a informação de que um franqueado estaria se desligando da unidade estipulada como Copacabana Leste, em janeiro, ambos não pensaram duas vezes e deram início a aquisição de mais esse negócio, seguido ainda, da compra da unidade classificada como Botafogo. Em março, o desenvolvimento seguiu progredindo, e então os sócios foram mais além e compraram a 5ª unidade no município, essa, habilitada como Laranjeiras.
Segundo Érica as primeiras unidades foram compradas derivadas de um plano de negócio. “Fizemos uma estratégia, queríamos conquistar já uma boa parcela do município. As atividades foram tão bem aceitas por aqui, deu tudo muito certo, e a consequência deste sucesso foi a compra das demais unidades”, explicou a empresária.
Não só a marca une as histórias dos empresários, mas a opinião sobre a importância do respaldo oferecido pela rede também. “A franqueadora sempre nos ajudou e deu o suporte necessário para nosso crescimento, sempre foi nossa parceira, inclusive nos facilitando em alguns casos para adquirir outras unidades”, fala Geraldo concordando com as palavras de Érica: “O papel da franqueadora é parte crucial nesse processo de ampliação”.
Multifranqueado é fácil?
O diretor da Maria Brasileira finaliza dizendo que ser um empreendedor multifranqueados não é um tarefa fácil, mas pode gerar bons lucros e alavancar ainda mais os negócios aos empresários. Mas para isso, alguns quesitos são necessários: “Ele precisa manter o padrão de qualidade e conseguir atingir suas metas. Por isso é preciso manter um modelo de gestão eficiente, dessa forma os trabalhos se mantém produtivos e bem sucedidos”, concluiu.
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