Varejo de materiais de construção cresce 10,4% em vendas em um mês, segundo IBGE, e mercado aquecido favorece franquias do setor

Pinta Mundi Tintas inaugura sete lojas em um mês, soma mais de 40 novas franquias abertas durante a pandemia e comemora acréscimo de 77 % em seu faturamento no primeiro semestre do ano

Ronaldo Bonfim Barros, franqueado Pinta Mundi Tintas de São Caetano do Sul divulgação

O varejo de construção civil está aquecido. Os últimos dados divulgados pelo IBGE, na última semana, mostraram que as vendas cresceram 10,4% em abril sobre março, índice bem acima do varejo geral, que foi de 1,8% de crescimento.

O varejo de construção civil foi um dos menos afetados pela crise e pela pandemia. E, por ser assim, facilitou o crescimento das redes de franquia ligadas a ele. A Pinta Mundi Tintas é um bom exemplo de crescimento exponencial na pandemia. No final de 2019, a rede era composta por 17 lojas, entre próprias e franqueadas. Hoje, tem 70 (entre as que estão abertas e as já comercializadas) – e pretende fechar o ano com 80, pelo menos. “Nosso ritmo de inaugurações está intenso e as lojas em operação estão performando muito bem”, comemora Nassim Katri, fundador da marca e franqueador.

Só em junho, a marca inaugurou lojas no estado de São Paulo, em Santo André, Campinas, Jundiaí, e na capital (loja nova em Lauzane Paulista, Tatuapé e reinauguração na Pompeia), e também em Roraima, em Boa Vista. Mas, nos meses anteriores, passou por Rio das Pedras (SP), São Caetano do Sul (SP), Vila Jaguara (capital paulista), Belo Horizonte (MG), Itupeva (SP) e Bragança Paulista (SP). “Ainda faltam lojas para inaugurarmos nos próximos meses, que já estão em implantação”, comemora.

Em termos de faturamento, a marca informa que ampliou o índice em 77% no primeiro semestre do ano, em relação ao ano passado – número contabilizado com todas as lojas da rede. “Se contarmos apenas as lojas que tínhamos até o final de junho de 2020, para compararmos o crescimento delas, esse índice é de quase 30% de crescimento do faturamento. É preciso levarmos em conta que o primeiro semestre do ano passado foi marcado pelo início da pandemia e ter um aumento de faturamento desses é bastante expressivo”, pondera o franqueador.

Por que a Pinta Mundi Tintas está se expandindo rapidamente

Nassim Katri (foto) e sua equipe criaram um conceito de loja de tintas diferente do que existe no mercado. Compactas, bonitas e de fácil operação, elas oferecem tintas de todos os tipos e acessórios para pintura – realmente, os pintores profissionais e consumidores finais encontram tudo para a realização do serviço em um único local, como pinceis, tintas, escadas e equipamentos de segurança.

Além disso, o franqueado trabalha com o sistema de tintometria, que consiste num maquinário especial que mistura tintas na hora, permitindo oferecer ao cliente a cor que ele deseja, em mais de duas mil tonalidades. “Com o sistema tintométrico, o espaço da loja fica livre para ser ocupado por outros produtos, o estoque é compactado e o investimento cai”, comenta o franqueador.

Numa Pinta Mundi Tintas, então, investem-se a partir de R$ 189 mil numa loja compacta, que pode ser montada em cidades a partir de 40 mil habitantes. “Trabalhar com tintas permite alta rentabilidade, porque o estoque tem vida longa, com baixa perecibilidade e alto giro. Com dois funcionários, o franqueado opera a loja tranquilamente”, explica.

O perfil do franqueado – cases

Pode-se dizer que uma Pinta Mundi Tintas é para todo perfil de franqueado. Na rede de Nassim Katri, encontram-se casais de meia-idade; ex-executivos e executivas, que optaram por uma vida mais tranquila; jovens casais, ainda começando a vida profissional; aposentados; pais e filhos; funcionários e ex-funcionários da própria rede, enfim, a heterogeneidade dos franqueados demonstra que, realmente, a operação é simples e o suporte oferecido pela marca é suficiente para que eles tenham sucesso. Alguns, inclusive, já estão operando a segunda loja.

Ronaldo Bonfim Barros, 45 anos, acaba de inaugurar a unidade franqueada de São Caetano do Sul (SP). Ele participou do Programa de Demissão Voluntária (PVD) da Ford de São Bernardo do Campo (SP) e se desligou da empresa em novembro de 2019. Quando a notícia de que a planta encerraria as atividades foi anunciada, ele se viu perdido e não imaginava o futuro de sua carreira.

Após meses estudando o mercado, não demorou para que optasse por uma franquia da PINTA MUNDI TINTAS. Barros conheceu a marca por meio da Associação Brasileira de Franchising (ABF), em setembro de 2020, e em novembro já estava fechando o negócio. “Antes, eu fiquei quase um ano estudando e estava pensando em ir para o ramo alimentício. Mas, como veio a pandemia, eu achei que não seria o ideal. A construção civil, mesmo em meio à crise, nunca para e está crescendo bastante nos últimos meses. Depois de algumas reuniões, eu ainda tive a oportunidade de visitar outros franqueados e o que ouvi deles foi muito positivo, de que realmente a Pinta Mundi Tintas traz os benefícios que promete”, conta Barros.

Franqueado há mais de dois anos, casal Alessandra e Ricardo Przadka (foto) comanda a unidade Tucuruvi, na capital paulista. Estão tão satisfeitos com a marca que acabam de inaugurar a segunda loja, em sociedade com o primo Rubens Meindl Terzella, de 57 anos, em Lauzane Paulista, também em São Paulo (SP). Essa é um das maiores da rede, com 250 m2.

Durante 30 anos, Rubens se dedicou à produção de imagens. Na década de 90, chegou a ter uma produtora e, nos últimos dez anos, foi diretor de imagem na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Em 2020, decidiu ter seu próprio negócio e os primos, então, foram os maiores incentivadores. Rubens, inclusive, ficou por alguns dias na unidade do Tucuruvi, onde se impressionou com a movimentação na loja e com o bom volume de vendas. “Nesse período que passei por lá, pude ver na prática como tudo funcionava e ver a reação do mercado. Mesmo em meio a pandemia, as vendas eram positivas, até porque existe a opção de delivery. Muita gente ficou em casa agora e decidiu mudar. Então, acredito que seja um segmento que está sempre em alta”, frisa o novo franqueado.

O casal veterano pensa em ter mais lojas – assim que essa se estabelecer. “Já reservamos mais uma área e, em breve, teremos a terceira loja”, dizem, satisfeitos com o negócio.

Futuro da marca

Nassim Katri acredita que o futuro se constrói hoje. “Temos que aproveitar o momento excepcional que o segmento de varejo da construção civil vive. A relação que temos com a indústria é positiva, o mercado está aquecido e nem a pandemia interferiu drasticamente nas condições de trabalho e rentabilidade. Então, somos, sem dúvida, a melhor opção de franquia atualmente”, pondera.

A Pinta Mundi Tintas deseja crescer, mas sabe que sua estrutura para atender o franqueado também deve crescer junto. “Até agora, só investimos. Tudo o que entra na franqueadora é revertido na contratação de consultorias para melhorias internas e suporte avançado ao franqueado, implantação de softwares, contratação de equipes e itens que suportem nosso planejamento estratégico. É por isso que a rede se sente apoiada”, garante o franqueador.

E, como cabem ainda muitas lojas Pinta Mundi Tintas pelo Brasil, ele dá o recado: “Dificilmente, quem deseja abrir uma franquia tem como primeira opção, como um sonho, ter uma loja de tintas. Parece, à primeira vista, um negócio sem glamour. Porém, quando o franqueado percebe que trabalhará em horário comercial, tendo tempo livre para acompanhar o crescimento dos filhos, fazer um esporte ou um curso; que poderá curtir boa parte do final de semana; que não será refém de horários de shoppings e nem de negociações difíceis com esses estabelecimentos e que, principalmente, ganhará dinheiro, porque é um negócio lucrativo, ele muda totalmente sua visão. É por isso que estamos crescendo, com sustentação do negócio e longevidade”, finaliza o Nassim Katri.