O Pastifício Primo foi fundado em 2010, no bairro de Pinheiros em São Paulo, pelo uruguaio Ivan Primo Bornes. Antes de se instalar em São Paulo para fazer massa, ele rodou pelo mundo, trabalhou em cozinhas da Europa, colheu frutas nos países nórdicos, aprendeu carpintaria, além de escalar o monte Aconcágua.
Em uma viagem para a região de Gênova (Itália), terra de seus antepassados, Ivan encantou-se com o maquinário antigo de um pequeno pastifício local, que despertou nele, as lembranças das receitas de massas, que a avó produzia na pequena cozinha de casa em Montevidéu. Durante cinco anos aprende o ofício e amadureceu o conceito de negócio que funcionaria melhor para o mercado gastronômico brasileiro.
A dedicação e estudo surtiram efeito. O pastifício foi eleito a melhor rotisseria de São Paulo em 2013, pela Revista Veja e Jornal Folha de São Paulo. No ano seguinte, voltou a receber a distinção no voto popular dos leitores na mesma publicação.
Em janeiro de 2020, os irmãos Vicente Di Cunto e Andrea Di Cunto, descendentes de uma das mais tradicionais famílias da gastronomia paulistana, adquiriram o premiado pastifício, que atualmente possui três lojas próprias (Pinheiros, Pompéia e Moema) além de quatro franquias, uma em São Paulo (Chácara Santo Antônio), em Sorocaba, Belo Horizonte e Fortaleza.
“Nossos produtos seguem a tradição e o estilo italiano, com produção 100% artesanal, sem a utilização de conservantes e corantes químicos, de massas frescas e molhos, além de tortinhas, pães, galetos e antepastos, produzidos e vendidos no mesmo local”, afirma Vicente. “Somos adeptos de uma alimentação fresca, natural, saudável e divertida, valores que para nós são muito mais importantes do que meras estratégias de marketing”, completa.
A nova gestão planeja expandir seus negócios com a abertura de novas franquias, o foco da empresa são cidades localizadas em um raio máximo de 400 km de distância de São Paulo. Cidades como Curitiba, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto e Rio Preto são as preferidas da empresa.
O modelo de franquia proposto é o “mini”, que é abastecido com massas recheadas, molhos e antepastos produzidos no centro de distribuição da rede, que fica na capital paulista. A loja fica responsável pelo preparo das massas lisas, a montagem das lasanhas, canellonis e rondellis.
Nesse modelo, as taxas de marketing e de royalties são reduzidas, ficando entre 1% e 3% respectivamente. Durante o processo de abertura, a rede Primo transfere todo o conhecimento de produção das massas localmente, acompanha a escolha do local (arquitetura), além da decoração da loja.
Nesta modelo de negócio, cada nova unidade da rede Primo deve custar em torno de 250 a 300 mil Reais, com tudo incluso (taxa de franquia, reforma de ponto, decoração, equipamentos e capital de giro). O faturamento mensal fica entre 80 e 120 mil reais por mês, com retorno do investimento previsto entre 24 e 40 meses.
Em 2020, devido a pandemia de covid-19, o faturamento da empresa sofreu uma queda de 30%. Para 2021, o pastifício espera retomar os números conquistados em 2019, e para alcançar tal objetivo, Vicente espera abrir cerca de 10 novas unidades.
Nossa história? Sempre tivemos a cozinha e gastronomia no sangue. Gostamos de pasta, gostamos de molhos, gostamos de sabor natural, e adoramos tudo isso acompanhado de um bom vinho, mas principalmente de amigos e da família. Fazer aquele almoço trivial em algo a ser lembrado, num local divertido, descompromissado e principalmente feliz, lembrando sempre o nosso mantra: Viver é Massa.