Rede de pizzas pré-assadas espera reacomodação de mercado e aposta em expansão para 2016

A partir da inovação com a venda de pizza pré assadas, evitando o problema da famosa pizza fria ou desmontada após a aventura do transporte via moto da pizzaria até a casa do cliente, a rede de pizzarias Leve Pizza entrou no mercado há sete anos em São José do Rio Preto. Desde então, já possui 137 unidades em 17 Estados brasileiros, um crescimento digno de ser chamado de sucesso.

O diretor de expansão e implantação da Rede Leve Pizza, Alejandro Rogério, explica que a ideia do negócio surgiu após uma viagem de um dos sócios para os Estados Unidos, onde teve contato com um modelo semelhante.

“Trouxemos a ideia para São José do Rio preto e então nasceu a rede Leve Pizzas com essa inovação e forma diferente de vender pizzas”, conta Rogério.

Em entrevista ao Mapa das Franquias, o diretor de expansão da marca falou sobre os planos para 2016 e a ambiciosa meta de expandir o número de unidades em 30% mesmo diante de um cenário de retração na economia e queda no comércio como um todo. De acordo com dados da Boa Vista SCPC, o setor amarga uma queda de movimento de 2,6% no acumulado de 2015, sendo 1,9% só no segmento de alimentos e bebidas.

Ainda assim, Rogério conta que a rede está otimista para 2016 e acredita em uma “reacomodação” do mercado a partir da percepção tanto do consumidor quanto do investidor de que a crise não será passageira. “Estamos apostando que com essa virada de ano volte a circular a moeda corrente do país de novo porque é essa retenção que está segurando bastante o mercado”, avalia o diretor de expansão da marca. Confira a entrevista exclusiva:

Vocês estão anunciando expansão para o interior do Estado, como está sendo esse processo em um contexto de crise?
A questão da expansão, infelizmente o mercado deu uma segurada, houve uma retenção dos investidores esperando uma melhora na economia, isso acabou atrapalhando um pouco e até inibindo um crescimento ainda maior da nossa marca e das nossas projeções, mas estamos mais otimistas para o ano de 2016 e acreditamos que o mercado volte a acenar com expectativas de melhora.

A perspectiva de vocês é de melhora da economia em 2016?
Sim, com certeza. Nós estamos apostando, demos uma guinada no ano de 2013, 2014 e aposta era uma manutenção do crescimento em 2015. Infelizmente não houve a evolução que esperávamos, mas em 2016 a gente está apostando bastante nessa retomada, porque a tendência é de não mudar muito do que foi em 2015, mas de as pessoas observarem que momentos retração para uns pode ser momentos de oportunidade para outros, e a área de alimentação dificilmente perde credibilidade em momentos econômicos como esse. Então estamos apostando numa melhora do mercado em 2016, a gente espera que seja o ano da virada.

O que aconteceu em 2015, quando vocês não conseguiram atingir a meta de expansão? Foi um ano ruim?
Foi um ano legal, para se ter uma ideia no ano de 2015 nós inauguramos aproximadamente 41 lojas, que é basicamente a mesma quantidade de 2014. Na questão de inauguração ficaram aproximadas, mas na evolução de investimento ficou aquém do que esperávamos.

Que tipo de investimentos?
A comercialização de novas marcas, novos produtos.

E a guinada em 2016 é baseada em qual cenário? O que deve mudar em relação a 2015?
É mais expectativa do que se apegar a valores. Como falei, a economia está indo para um caminho que vai ser difícil de mudar. O primeiro semestre de 2016 não vai ser muito diferente do que foi o segundo semestre de 2015, por exemplo. Mas existe aquela expectativa dos investidores que tinham capital e estavam aguardando qualquer tipo de melhora observarem que essa melhora não vai ser no curto prazo e que é melhor buscar algo que dê opções de crescimento a esperar o que vai acontecer. Estamos acreditando que as pessoas vão observar que essa retração vai continuar por um determinado tempo, mas que existem mercados que não perdem muito com esse tipo de economia que estamos tendo hoje.
Um exemplo básico é a nossa rede, onde a crise não reflete perda de cliente, mas por exemplo de poder de compra do cliente. Se eu tinha um cliente que visitava minha loja e comprava cinco pizzas por mês, essa pessoa continua sendo minha cliente, só que ao invés de cinco unidades compra três ou duas por mês. Nós perdemos um pouco o poder de compra do cliente, então por isso que a nossa busca é sempre por novos clientes e novas unidades.

Mas quando você fala em redução no poder de compra do cliente, isso significa que a rede tem vendido menos…
Se você conversar com todos os segmentos eles vão afirmar que houve uma queda, que estão fechando lojas. E em todos os segmentos, infelizmente, houve quedas, mas eu não perdi cliente, eu perdi poder de compra do cliente. Nas minhas unidades em funcionamento há hoje uma busca incessante por novos clientes para repor vendas.

Mas qual o impacto dessa queda no volume para a rede, que expande para o interior num momento em que as pessoas compram menos? Como fechar essa conta?
Foi exatamente essa particularidade que acreditamos que faltou para fechar, inclusive, as nossas metas de crescimento estipulada para 2015. Agora a aposta é na melhoria do mercado, aposta no crescimento, aposta naquela pessoa que está retraindo o valor, aposta tanto no investidor quanto no próprio consumidor colocar a mão no bolso e voltar a gastar. Porque hoje o consumidor, devido à retração econômica que o país está vivendo, está buscando o básico e pizzas, lanches, churrascaria acabaram se tornado supérfluos para algumas pessoas. Então estamos apostando que com essa virada de ano, e as pessoas observando que o mercado é esse e o cenário não vai mudar num curto espaço de tempo, que volte a circular a moeda corrente do país de novo. Porque é essa retenção que está segurando bastante o mercado.

O que vocês esperam, de certa forma, é uma reacomodação de mercado?
Exatamente. Querendo ou não, uma unidade com sucesso, vendendo bem, atrai investidores que veem que é algo diferente, que inovou na forma de vender pizza. Então a cada unidade inaugurada, a possibilidade de abrirmos novas portas, novos municípios e novas regiões é ainda maior – e a gente depende desse sucesso. O que faz uma rede de franquias crescer é o trabalho do franqueado lá na ponta, ainda mais num mercado como o que vivemos nessa retração de investimentos, gastos e valores. As pessoas estão segurando mesmo o dinheiro em casa. Queríamos atingir 30% da nossa rede de 2014 para 2015 e infelizmente conseguimos chegar a metade desses números.

Para 2016 estamos otimistas, buscando o crescimento das atuais 137 lojas. A nossa meta é chegar de 30 a 35% de expansão, com 180 unidades.

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