As demandas da agenda ESG (sigla em inglês para fatores ambientais, sociais e de governança corporativa) tornam-se a cada dia mais intensas para as empresas. Pensando nesse contexto, a Rech, rede de peças para máquinas agrícolas e pesadas, acaba de compensar 100% das suas emissões de dióxido de carbono (CO2) referentes ao período de janeiro a setembro deste ano. Com a compensação, a Rech conquistou o Selo Carbon Free Brasil, concedido para empresas que operam no país e conseguem ser neutras em emissões de carbono.
Em parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), considerado uma das maiores organizações não governamentais do Brasil, a compensação foi realizada com o plantio de 2.950 árvores, de pelo menos 35 diferentes espécies, no município de Teodoro Sampaio, na região do pontal do Paranapanema (SP). Elas estão em uma fazenda que, além de ter intensa operação agropecuária, conta com reservas legais e áreas de preservação permanentes, devidamente registradas no cadastro ambiental rural (CAR). As áreas do plantio ficam no entorno do Parque Estadual do Morro do Diabo, habitat do Mico Leão Preto, espécie ameaçada de extinção.
A neutralização das emissões da Rech correspondem aos escopos 1 e 2 da regra de compensação, ou seja, incluem consumo de combustível por veículos da companhia, diesel de geradores, gás liquefeito de petróleo (GLP) das empilhadeiras e fogão, recarga de gás do ar-condicionado, além de consumo de energia elétrica e geração de energia fotovoltaica.
Segundo Gleice Schiffino, Diretora de Gente, Gestão e Sustentabilidade da Rech, a cada projeto realizado a empresa reafirma — para todos os clientes, fornecedores e colaboradores — sua preocupação com o desenvolvimento sustentável. “Falar sobre sustentabilidade é falar sobre responsabilidade. Na Rech, temos consciência de que somos parte de uma engrenagem que alimenta e movimenta o mundo”, afirma. “Muito além de cumprir uma agenda sustentável e atingir metas corporativas, temos a missão de promover uma cultura alinhada a ações concretas — e feitas do jeito certo, sem falsos atalhos”, acrescenta.
A Rech assumiu o compromisso de se tornar uma empresa mais sustentável, tendo aderido, no último ano, ao Pacto Global das Nações Unidas. Interligado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, a ação que compensa as emissões de carbono atinge os objetivos 7 e 13: Energia Acessível e Limpa – Projetos de Energia Fotovoltaica e Ação Contra a Mudança Global do Clima – Neutralização carbono e Caminhão Elétrico, respectivamente.
Nesse sentido, também estruturou um programa de sustentabilidade baseado em cinco pilares: clientes, comunidade, governança, meio ambiente e trabalhadores. Além disso, conquistou — já no primeiro ano de avaliação — o selo Bronze Ecovadis de sustentabilidade, uma das mais importantes e confiáveis certificações mundiais de avaliação em sustentabilidade empresarial.
A coordenadora de Sustentabilidade da Rech, Barbara Silva, destaca entre as diversas iniciativas focadas na redução de emissão de gases de efeito estufa o início da operação de seu primeiro caminhão 100% elétrico. O veículo é usado no transporte dos produtos que saem de seu centro de distribuição em Hidrolândia, em Goiás, para abastecer as suas unidades e clientes da capital Goiânia. “Com esse investimento, a Rech deixa de emitir pelo menos 70 toneladas de carbono por ano, economizando 30% nos gastos com o caminhão, que tem autonomia para rodar até 250 quilômetros por dia”, detalha a executiva, ressaltando que esse tipo de iniciativa deve ganhar reforço nos próximos anos.
A rede também projeta transferir a logística de transportes de outros centros de distribuição e unidades para fornecedores que estejam comprometidos com a compensação de carbono, além de operar com empilhadeiras elétricas em seus centros de distribuição, adquirir papelão de reúso e adotar fontes renováveis de energia em suas unidades próprias.
A gerente de marketing da Rech, Fabiola Molteni, afirma que a rede quer ser considerada como um dos negócios mais respeitados em termos de ESG do setor no Brasil. “Temos consciência da nossa responsabilidade ambiental e do nosso potencial econômico. Conseguimos unir as duas esferas e sabemos que o mercado valoriza isso”, destaca.