Se há quem acredite que mulheres nasceram apenas com o dom de decorar, é claro que não iriam faltar os que duvidam das capacidades femininas para executar reformas pesadas na casa e até a pintura dela. Porém, no comecinho desta nova era em que “lugar de mulher é onde ela quiser” assistimos mulheres que contestam este estereótipo e se estabelecem no mercado colocando, literalmente, as mãos na massa, no rolo e nas latas de tinta.
É o caso da pintora Sheila Cristina Santos, 48, representante da Rede Pinta Mundi Tintas e que está no ramo há 8 anos. Para ela, ser pintora mulher é um “desafio imensurável”. Hoje, ela diz que não sofre mais preconceito, mas que no começo da carreira “ouvia piadinhas e palavras desnecessárias, que me deixavam cabisbaixa, desmotivada e com vontade de desistir”. Sheila também conta que chorava e dizia para ela mesma: “você é forte, ama desafios e não pode deixar se abater por palavras de terceiros”.
Para a paulistana de Osasco, “Sonhos sem objetivos, não passam de desejos”. Para ela, “desistir não é uma opção, pois sou mulher”.
Na esteira do sucesso de Sheila. a rede Pinta Mundi Tintas reforça que o número de mulheres pintoras dobro de dois anos para cá. Além do mais, segundo dados da empresa, mais da metade dos compradores de tinta são mulheres. São elas, aliás, quem “mandam” na hora de escolher as cores: na Pinta Mundi Tintas, 70% do tom das latas são escolhidos pelo sexo feminino.
Nassim Katri, fundador da rede, comemora os dados que reforçam a presença feminina entre a marca: “viver em um mundo no qual mulheres também podem ocupar profissões antes tão tradicionalmente masculinas como as de pintor, reflete os valores de nossa marca, que é inclusiva e livre de preconceitos”.