O sexismo ainda traz dúvidas ao mercado, e o franchising não está longe disso. Franquias ligadas ao público feminino podem ser chefiadas por homens? Unidades ligadas ao mundo masculino podem ser lideradas por mulheres? Sim, podem e muitas são sucesso. No universo dos negócios o sexo do comandante não importa e o que vale são suas ações. Para a franqueada Karina Jurado Fleury Abrantes, da Loja das Torcidas, em São José do Rio Preto, escolher uma franquia esportiva foi algo fácil, já que acabou se tornando uma admiradora do assunto, e que não, ela nunca sofreu nenhum tipo de preconceito por comandar uma unidade cujo público é composto por maioria homens.
Karina é casada e mãe de dois filhos, um menino de 14 anos e uma garota de 11, disse que cuidar da casa, da família e dos negócios não é fácil, é necessário muita dedicação. “Conciliar tudo isso é uma das coisas mais difíceis que enfrento. A rotina é intensa, mas adorável. Mesmo trabalhando muito, separo o horário de almoço para meus filhos. Eles estão em uma fase em que é imprescindível a minha presença e a do meu marido para a formação da personalidade e educação deles. Minha família é meu porto seguro, a minha maior realização. Mas também é muito gratificante trabalhar no que eu gosto”, salientou.
Escolher abrir uma franquia veio principalmente pela segurança de um modelo de negócio pronto e com respaldo do franqueado, explicou Abrantes, que acrescentou que escolheu ter um quiosque, porque “considero mais visível. Os produtos podem ser visto de qualquer ângulo, deixando o cliente à vontade. De qualquer forma, também adoro o contato com o público, vendas não é fácil, porém quando se faz o que gosta tudo se torna mais tranquilo. Você ver as pessoas saindo realizadas e satisfeitas com o atendimento e o produto, não tem preço”.
Já a preferência em ter uma franquia ligada ao esporte, Karina explicou que a família teve forte influência. “Tenho uma família fanática por futebol, então aprendi a admirar esse esporte. Acompanho dentro do possível, mas tenho ajuda do meu filho que acompanha diariamente os canais de esporte”, ressaltou.
Mesmo que este mercado tenha um maior público masculino, Abrantes disse que nunca sofreu nenhum tipo de preconceito, pois há fanáticos de todos os sexos e idades. “As pessoas gostam de atenção e serem muito bem atendidas. Tanto faz o sexo, desde que saiam satisfeitos. Mesmo eu sendo mulher eles pedem opinião e ajuda para a escolha do presente. Tenho também muitos clientes femininos, que adoram futebol e sofrem pelo time”, contou.
A empreendedora destacou que com a atual crise econômica que o País vive ainda não foi possível bater as metas planejadas na abertura da unidade. “A economia não tem ajudado muito, mas quando se faz o que gosta as coisas ficam mais fáceis”, relatou.
Para Karina outro problema tem atingindo os varejistas de maneira geral. “Há muita dificuldade em encontrar colaboradores parceiros, que queiram crescer junto com a empresa. As pessoas estão desacreditadas, insatisfeitas com a atual situação do comércio brasileiro e isto tem refletido no trabalho dos colaboradores”, disse, e acrescentou que “as especulações sobre o futuro do Brasil para o segundo semestre e para o ano que vem, tem atrapalhando muito. A população está com medo, e este é o pior sentimento que existe para todo e qualquer tipo de negócio. Eu espero sinceramente que o Brasil volte a crescer, pois não quero viver em um País desacreditado, com um índice de desemprego gigante e com a economia parada. Por isso acordo todos os dias e penso hoje será melhor que ontem”.
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