Mesmo com as recentes liberações de linhas de crédito pelo governo federal, são recorrentes as queixas de pequenos e médios empresários, que continuam com dificuldade em obter esses recursos. Para a FecomercioSP, como essas linhas disponibilizadas recentemente foram pouco utilizadas no passado, os gerentes de bancos, muitas vezes, desconhecem os produtos e os procedimentos.
Os Recursos do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), por exemplo, só estão disponíveis pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil. Assim, a Federação entende ser preciso ampliar essas redes, uma vez que o programa já autorizou a operação de todas as instituições públicas e privadas – bancos, cooperativas, fintechs – para esta linha, e tem dialogado com a Febraban, nesse sentido.
Além disso, a Entidade solicita que os bancos operem de modo desburocratizado, por meio de análises mais rápidas, menos seletivas e com menos exigências. Outro entrave que precisa ser superado é que a concessão do crédito não seja condicionada à aquisição de outros produtos e à aplicação de taxas e seguros, já que essas práticas encarecem uma linha de crédito que foi criada com caráter emergencial com o objetivo de proporcionar sobrevida aos negócios.
A FecomercioSP avalia que é importante que os recursos cheguem às empresas com agilidade, tanto para que consigam manter os funcionários quanto para evitar um fechamento ainda maior dos negócios durante (e após) a crise. A estimativa da Federação é de que 44 mil pequenas empresas encerrem as atividades em 2020.