A veia empreendedora sempre esteve no sangue de Marcel Vanin, 33 anos. Hoje franqueado do Buddha Spa, começou a vender camisa pólo em uma barraquinha de rua no Brás, bairro popular de São Paulo, aos 19. “Pegava em consignação na região e fazia o acerto no final do dia”, conta.
Em meados de 2007, Vanin conseguiu alugar uma barraca na Feira da Madrugada, bem tradicional na região e que recebe comerciantes de todo o país, que ali compram roupas para revender em suas localidades. Nessa barraca ele passou a vender moda feminina, que comprava das marcas do Brás. “Não mais consignado,” diz. “Eu começava às 2h30 da madrugada e fechava às 16h, vendendo para atacadista de todo Brasil.”
Depois de um tempo, ele abriu mais duas bancas, dessa vez com funcionários, e depois disso inaugurou um quiosque no Shopping Light para vender acessórios de celular, algo que ainda era uma novidade. A partir daí começou a fazer conserto de celular e ficou na área por cerca de quatro anos.
Foi então que Vanin começou a olhar para o setor de franquias, e decidiu voltar à sua origem: varejo de vestuário. Abriu uma franquia de moda feminina. “Eu era o franqueado mais novo da empresa”, lembra.
No ano passado, em plena pandemia, o empreendedor começou a buscar um outro negócio, algo que não fosse tão afetado pelas vendas pela internet “As lojas físicas franqueadas acabaram perdendo muito com as vendas on-line impulsionadas pela pandemia”, diz.
Vanin queria algo que fosse voltado prioritariamente ao público feminino, com o qual já estava acostumado, e também o masculino, pensando então no segmento de estética ou bem-estar, que vem crescendo e requer a presença do cliente no local para efetuar o serviço – em função da concorrência do e-commerce. “Buscava uma franquia que fosse bem estruturada, consolidada”, diz. Ele chegou, então, no Buddha Spa. “O diálogo com o Buddha foi bem fácil, rolou bem, houve uma sintonia.”
A unidade do Buddha Spa Vila Clementino, em São Paulo, gerida por Vanin foi inaugurada em março de 2021.
“No Buddha, ao contrário da outra marca, eu lido muito mais com o ser humano, muito mais gente”, conta. “A equipe é muito maior, tenho que lidar com diversos profissionais, de faixas etárias diferentes, sem contar os clientes. Por isso é necessário ter muito jogo de cintura, empatia e gostar de lidar com gente.”
Para manter a boa imagem de sua franquia, além de prestar o serviço de acordo com padrão determinado pela franqueadora, Vanin atua em outras frentes e responde a todos os comentários do Google, por exemplo. “O boca a boca é muito importante.”
Outro ponto importante para o bom andamento da franquia, diz o franqueado, é se relacionar com as empresas da região, fazer parcerias. “Tenho planos de abrir uma nova franquia do Buddha Spa, para ampliar minha capacidade de atendimento, e acho que é importante ter pelo menos duas franquias na própria região, pois consigo manejar melhor a equipe, a agenda, lidar com imprevistos.”
Voltando ao crescimento do e-commerce, que atrapalhou os negócios de Vanin com a sua outra franquia, no caso do Buddha Spa, ele diz, a internet ajudou no crescimento das vendas. “Chego em clientes que não chegariam até a minha unidade”, afirma. “E depois que eles chegam, depende da gente fidelizar.”