Segundo um relatório desenvolvido pela Deloitte, multinacional que presta serviços de consultoria em todo o mundo, 84% das empresas vão investir no treinamento e capacitação dos funcionários em 2021. Além disso, as decisões serão tomadas a partir de dados, para 61% dos entrevistados para a pesquisa da consultoria PWC, os dados já complementam o julgamento, experiências, intuição e aconselhamento na tomada de decisões, embora não substituam os aspectos humanos, ou seja, a cada dia mais a tecnologia se funde às empresas e buscam assim melhorar a experiência do consumidor e ajudar na gestão de pessoas.
A Nestlé otimizou os processos de contratações e treinamentos através dos jogos. A empresa afirmou ao site InfoMoney, em 2019, que houve um aumento de 59% na assertividade da contratação. Ana Schiavone, gerente de Talent Acquisition (aquisição de talentos) da Nestlé , disse que os principais pontos de avaliação são o raciocínio lógico, a agilidade mental e se o comportamento se adequa à cultura da empresa.
Leiza Oliveira, CEO do Centro de Formação Minds Idiomas, morou dois anos nos Estados Unidos e já via a gamificação na educação, trouxe a metodologia para a rede no final de 2017. Em 2019, começou a utilizar também nos processos seletivos e de gestão de cargos dentro da rede. “Com os games aprofundamos o conhecimento de cada indivíduo, e principalmente se ele tem aderência a nossa cultura. Além disso, estimula uma competição saudável e mantém os funcionários motivados mesmo em um 2020 como tivemos.” Diz a CEO, que não fechou nenhuma escola ano passado e ainda lançou um modelo de microfranquia neste ano, 2021.
Quem esteve à frente da implementação de games, na rede, foi Renato Garcia. Diretor Publicitário da Minds, segundo ele a rede investiu 45% em sistemas de Inteligência Artificial que pudessem aprimorar e ler os resultados com mais assertividade. “Nossos funcionários e os candidatos à vaga, seja para subir de cargo ou quem está entrando, recebem a cartilha e o acesso na plataforma. Com isso, já começa a trilha de desafios, a cada desafio temos uma bonificação para os já contratados. Para quem está entrando, é feita a etapa do processo seletivo de acordo com cada área. Assim destacamos os perfis e selecionamos quem realmente tem a ver com o perfil da vaga e da empresa”, diz Renato Garcia.
Pensando nisso, o Diretor Publicitário do Centro de Formação Minds Idiomas , Renato Garcia, desenvolveu 3 motivos para implementar a gamificação na contratação e treinamento de funcionários.
1) O candidato ideal não existe, porém com os jogos você aproxima ele da marca e dos valores da empresa
Toda marca tem como norte sua visão, missão e valores. Há uma cultura que deve ser seguida dentro da empresa e, com isso, através dos games, conseguimos aproximar os valores dos funcionários e futuros candidatos da cultura organizacional Minds. Por meio da gamificação selecionamos os perfis que se enquadram melhor para determinadas funções. De forma remota, os candidatos conseguem participar do processo seletivo. Os games vem para ajudar neste processo de seleção à distância.
2.Otimização de tempo
Muitas vezes, abrimos uma vaga e somos inundados com muitos currículos e precisamos de horas para que eles sejam triados no RH. Com o game, essa etapa já é realizada automaticamente. Otimizando o tempo dos recrutadores e da empresa. Selecionando os perfis por meio de habilidades e competências sócio-emocionais, assim, a vaga é preenchida por quem realmente dá “match” conosco.
3. Dados e devolutivas pautáveis
Como o aplicativo gera dados, podemos analisar se o nosso processo tem algum entrave. Se estamos no nível esperado e no tempo fixado para contratação. Além disso, conseguimos mandar de maneira mais assertiva o comunicado aos candidatos que passaram no processo e aqueles que foram eliminados com os motivos da negativa. Assim, o feedback fica coerente, rápido, e pode-se dar a chance dos candidatos enxergarem os seus pontos positivos e negativos.