Em agosto, a ABF (Associação Brasileira de Franchising) divulgou os resultados da Pesquisa Trimestral de Desempenho do setor, referente ao período de abril a junho de 2022. As franquias de Alimentação — Food Service se destacaram, sendo o segundo segmento que mais cresceu, estando atrás apenas de Turismo. O faturamento do segmento de Alimentação — Food Service chegou a R$ 8,7 bilhões no 2º tri de 2022, 22,3% a mais do que no mesmo período de 2021. Já o número de unidades no segmento cresceu 9,8%. No semestre, a variação foi de 16%, chegando a R$ 15,9 bilhões.
Esse desempenho foi alavancado pelo maior fluxo de consumidores em ambientes físicos, como bares, restaurantes e até praças de alimentação em shopping centers, assim como datas comemorativas de Páscoa e Dia das Mães, que tradicionalmente aquecem as vendas, além da manutenção do delivery em níveis elevados.
Para a fundadora e CEO da Galunion, Simone Galante, o maior foco na experiência, seja ela presencial ou digital, foi um dos principais fatores que contribuíram para o crescimento de Alimentação — Food Service. “Com a retomada dos salões e o arrefecimento da pandemia, as demandas dos consumidores também mudaram. As redes então correram para se adaptar, ao mesmo tempo que buscaram mitigar os impactos da inflação. Neste novo cenário, não falamos apenas de delivery, mas de lojas menores mais próximas aos consumidores e aconchegantes, com um mix mais enxuto, autoatendimento e interações digitais, como menus, QR Codes, canais de atendimento, pré-pedido etc. Ou seja, não se trata de apenas entregar o pedido na casa do consumidor, mas de proporcionar uma hospitalidade figital completa para o consumidor e mais eficiente do ponto de vista de custos para os empreendedores. Essa força-tarefa impacta de forma positiva no desenvolvimento do setor”, explica Galante.
Corroborando o bom momento do segmento, temos redes como Água Doce Sabores do Brasil, Divino Fogão e Mr. Cheney que acompanham o cenário positivo. Há mais de 30 anos no mercado de alimentação, a Água Doce Sabores do Brasil, mesmo sendo uma marca tradicional da culinária brasileira no País, aposta em inovação e em tecnologias que proporcionam o fortalecimento de suas operações e trazem experiência de consumo aos clientes que frequentam as 80 unidades da rede. Com crescimento de 77% no primeiro semestre deste ano se comparado com o mesmo período de 2021, a franquia que sempre busca por novidades tanto em produtos, com cardápios sazonais e novas receitas, quanto em transformação digital dentro dos restaurantes, com objetivo de otimizar processos, espera para o segundo semestre de 2022 ampliar atuação no Brasil, com a implantação de 10 lojas, que englobam os três modelos de negócios existentes na empresa, sendo eles: Master, Express e Delivery.
“O crescimento no primeiro semestre se deve muito a uma demanda reprimida dos últimos anos. Somos uma marca que possui no DNA a importância da confraternização e de eternizar momentos com a família e amigos. Percebemos que com a normalização das atividades, os consumidores estavam buscando ainda mais por experiência ao sair de casa, e nós que sempre nos preocupamos com a jornada de consumo dentro dos restaurantes, logo saímos na frente durante a retomada. Com tradição de ter um atendimento humano e exclusivo, serviços e pratos de qualidade, saborosos e fartos, a Água Doce avançou ainda mais desde 2020, trazendo mais do que o cliente buscava naquele momento de retorno à vida social livre de restrições. Mesmo operando majoritariamente com delivery na época, trouxemos iniciativas que ajudaram no retorno presencial, com ferramentas para aprimorar o atendimento, novos cardápios, ações de fidelização, além da experiência online que foi aliada com a nossa expertise de atuação em salão. Além disso, nossa meta é terminar o ano 2022 com 90 operações”, revela o diretor de franquias da Água Doce, Julio Bertolucci.
Após passar por momentos desafiadores nos últimos dois anos, o Divino Fogão, rede conhecida pela comida da fazenda, registrou um crescimento de 56% no primeiro semestre de 2022, em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, nos primeiros seis meses do ano, a marca inaugurou três restaurantes em shopping centers localizados em Sinop (MT), Maceió (AL) e Belo Horizonte (MG). Atualmente, o Divino Fogão conta com 199 pontos de operação, incluindo as dark kitchens, um projeto de delivery que contribui para o adensamento da rede em cidades onde ainda não opera.
Durante a pandemia, a marca desenvolveu projetos e se reinventou em assuntos relacionados aos custos, padrões e produtos. Dessa forma, as iniciativas colocadas em prática seguem em andamento, proporcionando resultados positivos aos franqueados, que conquistaram ainda mais profissionalização e eficiência. Como o Divino Fogão atua em formato de buffet apenas nas praças de alimentação de shopping centers, o delivery não era um canal explorado em grande parte dos restaurantes. Hoje, 119 lojas da rede utilizam esse tipo de serviço, que fornece pratos selecionados, saborosos e fresquinhos aos clientes, e outras 10 estão em fase de ativação. O delivery se tornou um canal indispensável, graças às experiências positivas de consumidores que preferem receber refeições na própria casa ou em diferentes locais, registrando um crescimento e maior representação no faturamento geral nas vendas da marca.
“Neste ano, avaliamos que o aumento das vendas e do faturamento dos restaurantes foi muito acima da expectativa. Sentimos que houve uma grande retomada no varejo, em especial, no setor de alimentação. Observamos que o Food Service no mercado de franchising sofreu uma grande transformação. As franqueadoras investiram em concessões, cursos e apoiaram os franqueados em um período crítico. Tais fatores podem ser vistos como melhorias que vieram para ficar nas redes, como é o nosso caso. Para dar continuidade às boas práticas adquiridas, está em fase de implantação uma Universidade Corporativa, que visa o desenvolvimento contínuo dos franqueados, para que continuem registrando resultados positivos de forma constante”, revela o fundador e presidente do Divino Fogão, Reinaldo Varela.
Já o Mr. Cheney, rede de cookies tipicamente americanos, lançou recentemente um modelo de negócio, o de dark kitchen, ou seja, com foco apenas em delivery e sem salão. A outra novidade é um plano focado na expansão em aeroportos pelo Brasil, além dos tradicionais shoppings. A meta da rede é inaugurar 30 dark kitchens e 25 lojas físicas nos próximos dois ou três anos superando as 130 unidades em operação. Com isso, o Mr. Cheney projeta fechar 2022 com um faturamento de cerca de R$ 90 milhões.
A tecnologia colabora muito com o crescimento do setor de food service. Desde o período da pandemia, estabelecimentos perceberam que, para sobreviver, precisavam apostar em transformação digital. Durante os dois anos desafiadores por conta do lockdown, o delivery se tornou uma ferramenta indispensável. Com a abertura, os restaurantes perceberam que poderiam seguir investindo em tecnologia para melhorar a gestão, a experiência dos clientes e ampliar as opções do próprio delivery, com a criação de aplicativos próprios.
A E-Deploy, empresa brasileira de tecnologia especializada no desenvolvimento de soluções para gestão empresarial e fábrica de software, colabora com este movimento por intermédio da solução 3S Checkout, plataforma tecnológica para a transformação digital da experiência no segmento de food service e franchising, e gerar ganhos de produtividade e lucratividade. “Restaurantes e demais estabelecimentos de food service que pretendem seguir crescendo neste mercado cada dia mais competitivo estão apostando em softwares que possam abranger as novas tecnologias, como apps de delivery próprios, totens e digitalização. O 3S Checkout, por exemplo, é uma solução all in one, ou seja, todas as necessidades podem ser atendidas com uma única plataforma”, finaliza Cesar Eduardo da Silva, o Cesinha, diretor de canais e parcerias da E-Deploy.