O setor de franquias de alimentação está entre os mais procurados por novos empreendedores no Brasil, é o que mostram os dados mais recentes da Associação Brasileira de Franchising (ABF). A 14ª Pesquisa Anual Setorial de Foodservice 2024/2025 da ABF (Associação Brasileira de Franchising), conduzida pela Galunion, revelou que 84% das redes de alimentação registraram crescimento no faturamento em 2024, e 41% tiveram incremento superior a 10% no período. Para Thiago Lupatini, fundador do Food Club e membro do Mentory League Society, a previsão é que o setor feche 2025 com um crescimento ainda maior.
“As franquias de alimentação se encontram no ranking de setores mais atrativos para investidores, porque mantém um crescimento diante das oscilações econômicas, já que possuem uma alta e constante demanda. O food service tem a capacidade de oferecer oportunidades lucrativas, principalmente para formato acessíveis, como dark kitchens e microfranquias”, afirma o especialista.
O delivery, por exemplo, ganhou um espaço maior e foi um fator decisivo no impulso de vendas do setor de food service em 2025. De acordo com o levantamento feito pela Linx, as vendas por delivery próprio e por marketplaces alimentícios correspondem a 15% do faturamento do segmento, o que corresponde a um crescimento de 27% em relação a 2024. No mês de novembro, os estabelecimentos de fast food se destacaram entre os pedidos de entregas, com alta de 40% nas vendas em comparação com o mesmo período de 2024.
“É interessante que estabelecimentos de food service tenham o seu próprio delivery, é algo que pode ser planejado para 2026. Esse movimento é positivo já que reduz custos com taxas de marketplaces e permite acesso direto aos dados dos clientes, facilitando ações futuras de fidelização. Dentro do aplicativo também é possível oferecendo promoções exclusivas, algo atrativo para o público”, recomenda o fundador do Food Club.
Empreendedores conectados
O mundo digital vem influenciando o setor mais do que muitos empreendedores. Não à toa, os totens podem elevar o tíquete médio em até 30% e impulsionar as vendas sugestivas em 15%, segundo o levantamento realizado pela Goomer. Os cardápios digitais e o autoatendimento têm ajudado as redes de franquias a superar falhas operacionais corriqueiras.
“Estamos passando por um período em que muitas pessoas priorizam otimizar o seu tempo, então os desafios operacionais que são comuns no food service, como filas, falhas no pedido são fatores que o público leva em consideração quando decide ou não voltar à um restaurante. Por isso, uma das tendências para o ano que vem é o uso dos totens de autoatendimento. Além de ampliar a eficiência. também aumentam vendas em redes de alimentação”, afirma Thiago.
Opções mais sustentáveis também já é são fatores decisivos para o público, é o que diz o estudo da GALUNION, responsável por apontar que 71% dos consumidores priorizam marcas e locais com ações de impacto ambiental positivo e sustentável, como a redução de desperdícios e o uso de materiais recicláveis. Para Thiago, existem diferentes estratégias para se adequar à essa modalidade.
“Entre os cuidados positivos que podem ser adotados pelo setor de food service está o uso de embalagens retornáveis e a redução no desperdício. Para os empreendimentos que querem se aprofundar na sustentabilidade, o reaproveitamento criativo de alimentos e o uso de produtos sazonais no cardápio também são ações consideradas positivas”, recomenda o profissional.
