Faturando cerca de R$ 100 milhões ao ano, maior multifranqueado da Oral Sin tem mais de 30 unidades, número que não para de crescer

Felipe Rodrigues vendeu tudo para montar a primeira unidade e, hoje, está à frente de um grupo criado por ele para administrar as clínicas e buscar novos sócios

“Sou adepto do dividir para multiplicar”. Esta é uma das muitas frases de impacto que Felipe Alexandre Rodrigues, 36 anos, costuma dizer quando se refere à vida profissional. Em apenas cinco anos como franqueado da Oral Sin – a maior rede especializada em implantes dentários do Brasil -, tornou-se máster franqueado, com mais de 30 unidades abertas e mais seis em fase de implantação. Não à toa, ele foi obrigado a abandonar o consultório e, agora, se dedica às duas outras paixões além da Odontologia: a administração e a descoberta de profissionais que, assim como ele, tenham tino para os negócios e determinação para mudarem o status de “funcionário” para “sócio” de novas unidades ainda a serem abertas.

Ele até conta com uma espécie de “clínica-escola” em Uberlândia. É na cidade mineira que fica, inclusive, a segunda unidade que abriu. A primeira está localizada em Toledo, no interior do Paraná. “Estou sempre em busca de novas oportunidades para empreender e, quando converso com os dentistas que pretendo contratar, procuro sentir se eles têm tino para os negócios e vontade de crescer para, no futuro, se tornarem meus sócios em novas unidades. Daí, mando-os para atuarem em Uberlândia e, de lá, se der certo, depois de um tempo, procuramos uma praça”, diz. E àqueles que lhe perguntam sobre sempre ter sócios nas unidades, ele dá uma boa resposta. “Prefiro ter uma porcentagem um pouco menor em um negócio de sucesso do que ter 100% de algo que não vai tão bem”, afirma.

A decolagem e a chegada à velocidade de cruzeiro

É por ter passado por uma situação semelhante que Felipe busca agir desta forma com quem está começando. Antes de ter uma franquia, ele trabalhou durante um tempo por conta própria na cidade de Campo Mourão, interior do Paraná, mas não via seu consultório decolar. Foi então que procurou informações sobre como abrir uma franquia e se deparou com outro Felipe, o Sapata – atual CEO da Oral Sin. “O que tirava mensalmente mal dava para cobrir as despesas e foi aí que descobri que atuar em uma franquia seria um bom negócio. Trabalhei durante seis meses na clínica do Sapata, em Cascavel. Fui aprender a fazer direito para que, quando tivesse a minha, pudesse gerir da melhor forma”, diz.

A parceria entre os Felipes deu tão certo que, tempos depois, em 2016, eles inauguraram uma unidade da Rede em Toledo. “Para montar o negócio, vendi tudo o que tinha. Apostei e fiz dar certo. Já no primeiro mês, conseguimos faturar três vezes mais da expectativa do faturamento”, conta Felipe Rodrigues. A partir daí, ele começou a procurar novas praças e encontrou um bom potencial em Uberlândia. “Montei a clínica e quando percebi que já estava em pleno funcionamento, comecei a procurar novas localidades e sócios para expandir”, lembra o empreendedor.

E a estratégia se mostrou tão acertada que para gerenciar todas de forma unificada e de acordo com o que preconiza a Rede, ele criou o Grupo Gestão de Performances em Franquias (GPF) e se estabeleceu, de forma definitiva, na capital goiana. Segundo Felipe, ele tem faturado em média R$ 8 milhões ao mês. “Fui organizar a casa já que cresci ‘no suor’ e na crença de que tudo daria certo. Agora, tenho departamentos de RH, Contabilidade, Jurídico, Comercial, contratei engenheiros para fazer as obras. A intenção é manter a alta qualidade tanto no atendimento aos pacientes quanto na satisfação dos funcionários. Não queremos inventar a roda, apenas supervisionar para que tudo saia de acordo com os processos da franqueadora”, ressalta. Sobre as vantagens de ser um franqueado, ele é categórico. “Recebemos tudo explicado nos manuais de know-how e sabemos exatamente o que deve ou não ser feito, sem contar a possibilidade de já abrirmos um negócio tendo a certeza de que é lucrativo”, finaliza.

Números Positivos na rede

Em 2020, a Rede bateu recordes de performance e cresceu 26%. Atualmente, já são cerca de 400 unidades comercializadas. Já no primeiro semestre de 2021 os números da marca impressionam. A Oral Sin fechou o período com 284 marcas em operação e um faturamento de R$ 313,6 milhões. Isso representa um crescimento de 31% em pontos e 66% no faturamento em comparação a janeiro a junho de 2020.

A expectativa da rede até o fim do ano é bastante audaciosa, visto que planeja chegar em dezembro com 107 unidades inauguradas. O principal atrativo da Oral Sin é seu faturamento médio, tido como o maior entre as franquias do segmento odontológico, na casa dos R$ 250 mil, sendo o ticket médio de R$ 5 mil. Outro número que reflete o sucesso do negócio é o fato de que mais de 70% dos franqueados são proprietários de mais de uma unidade. São três modelos de franquias com um investimento inicial a partir de R$ 535 mil e faturamento que pode chegar a mais de R$ 3 milhões anuais por unidade, dependendo do modelo. O prazo mínimo de retorno é de 18 meses.