Faturamento do setor de serviços cresce 15,2% em São Paulo

O setor de serviços da cidade de São Paulo registrou faturamento real de R$ 27,8 bilhões em maio, a maior cifra para o mês desde o início da série histórica, em 2010. Se comparado ao mesmo período de 2017, as receitas cresceram 15,2%, o que representa um acréscimo de R$ 3,7 bilhões. As vendas avançaram 14,1% no acumulado do ano e 10,9% em 12 meses.

As informações são da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), que traz o primeiro indicador mensal do setor de serviços em âmbito municipal, elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, fornecidos pela Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz-SP). O município de São Paulo tem grande relevância nos resultados estaduais e nacionais do setor de serviços, representando aproximadamente 20% da receita total gerada no País.

Entre as 13 atividades pesquisadas, nove apontaram alta em seu faturamento real, se comparado a maio do ano passado. São elas: mercadologia e comunicação (127,3%); agenciamento, corretagem e intermediação (40,1%); educação (27,7%); técnico-científico (21,1%); jurídicos, econômicos e técnico-administrativos (20,5%); representação (16,3%); e turismo, hospedagem, eventos e assemelhados (13,2%). Juntas, essas atividades contribuíram positivamente para o desempenho geral com 14,2 pontos porcentuais (p.p.).

No sentido contrário, os resultados negativos ficaram por conta dos seguintes segmentos: construção civil (-10,9%); conservação, limpeza e reparação de bens móveis (-6,4%); saúde (-3,6%); e outros serviços (-1,4%). Somadas, essas quatro atividades contribuíram negativamente com 1 ponto porcentual para o resultado geral.          

De acordo com a assessoria da FecomercioSP, mesmo diante de incertezas nos ambientes econômico e político nacionais, o setor de serviços da capital paulista vem registrando crescimento significativo nas suas receitas nos últimos meses. A inflação baixa e a melhoria na produção e no emprego fizeram com que as vendas do setor se mostrassem melhores, mesmo com a paralisação dos caminhoneiros, ocorrida no fim do mês de maio.

Entretanto, a Federação recomenda cautela aos empresários, uma vez que há incerteza em relação às eleições e ao comportamento da economia do País, que devem perdurar até pelo menos o resultado das eleições em outubro.

*Nota técnica

A partir de fevereiro de 2018, foi adicionado à lista de serviços da PCSS, por meio da Instrução Normativa SF-Surem n.º 23, de 22/12/17, da Secretaria da Fazenda do Município de São Paulo, o código CNAE 02498, relativo a inserção de textos, desenhos e outros materiais de propaganda e publicidade, em qualquer meio (exceto em livros, jornais, periódicos e nas modalidades de serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita). Essa inserção impacta diretamente no faturamento da atividade mercadologia e comunicação, que apresentará variações elevadas nos comparativos anuais até completar o ciclo de 12 meses da adição, em fevereiro de 2019.

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS) é o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal e utiliza informações baseadas nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Prefeitura de São Paulo e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O indicador conta com uma série histórica desde 2010, permitindo o acompanhamento do setor em uma trajetória de longo prazo. As atividades foram reunidas em 13 grupos, levando em conta as suas similaridades e a representação no total do que é arrecadado do ISS no município. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas considerando a sinergia entre os municípios do entorno, os resultados refletem o cenário da região metropolitana.