O setor de Franquias é reconhecidamente resiliente, que sobrevive, mesmo com perdas, muito bem às crises. E histórias de empreendedores no Franchising apenas corroboram esta máxima.
Este é o caso da gaúcha Camila Reginato, 32 anos, fundadora da Frida Underwear, rede de franquia de vestuário especializada em lingeries, que iniciou seu negócio em 2017 como e-commerce e, depois de 2020, entrou com sua marca para o Franchising, o que fez a marca, não somente decolar, mas atingir um outro patamar: um faturamento de 7 dígitos, passando da ordem de R$ 1 milhão.
O início de tudo
A empresária conta que a Frida era apenas um projeto para um trabalho de conclusão de pós-graduação em Gestão de Negócios Digitais, que ela fazia, mas ganhou forma. Camila, que trabalhava com publicidade, largou um emprego CLT aos 25 anos e foi atrás do seu sonho de empreender.
“A Frida era o meu projeto de especialização. Foi um sonho que se tornou realidade sem que eu percebesse. Eu realmente estava cansada de ver fotos de mulheres sendo retocadas para favorecer um padrão estético difícil de alcançar. Quando decidi empreender, quis quebrar esses padrões. E foi sempre com esta premissa que toquei a Frida”, revela.
Protagonismo feminino
A proposta da rede é oferecer peças bonitas e confortáveis para diversos tipos de corpos, tanto que para suas campanhas, a Frida utiliza as próprias clientes.
“As mulheres reais são protagonistas da nossa marca. Aqui não manipulamos imagens e honramos as histórias das mulheres. Temos peças para mulheres que amamentam e desejam usar um sutiã com renda, ou ainda conjuntos em tamanhos maiores, desenhados para serem confortáveis e bonitos. As fotos de divulgação contam com modelos com corpos de diversos tamanhos, gestantes, com tatuagens, cicatrizes e estrias”, conta Camila.
A ideia sempre foi disponibilizar lingeries focadas no empoderamento feminino e ainda inovar na comunicação, na qual buscou em sua divulgação a imagem de corpos de mulheres reais e de todos os biótipos e tamanhos, sem uso de ferramentas de manipulação de imagem.
“Uma das minhas frentes de trabalho é defender a importância da mulher na liderança do meio business e, por meio do meu trabalho, tenho transformado mulheres empoderadas, tanto em âmbito social e econômico. As mulheres vêm conquistando um espaço importante dentro do empreendedorismo”, afirma a empresária.
E a Frida virou um livro de empoderamento
Posteriormente, a marca virou um livro, lançado no início de 2022, intitulado Poderosa, empresária, sou Frida, sou foda: A trajetória de sucesso e empoderamento feminino através de lingeries.
“O sucesso foi tão grande, que recebi um convite de uma professora orientadora de banca, do mestrado em Negócios Internacionais, que fiz na Florida, Estados Unidos. Assim, a Frida virou um case de estudo do livro que ela estava escrevendo e, posteriormente, ganhou um livro próprio”, relembra a CEO.
Internacionalização da marca
Com 35 unidades em operação por todo o Brasil, e após faturar R$ 1 milhão, a Frida se preparar para alçar novos voos e ir para outros países.
Camila mencionou que o plano agora é abrir unidades da Frida fora do Brasil. “Já aderimos ao projeto setorial de promoção comercial internacional Franchising Brasil celebrado entre Apex Brasil e a ABF. Além disso, fazemos parte do Peiex, Programa de Qualificação para Exportação, da própria Apex, que vem nos auxiliando em todos os processos da internacionalização”, aponta Camila.
Investimento na Frida Underwear
Voltada para mulheres que desejam ter o seu próprio negócio, o investimento na Frida fica entre R$ 8 mil a R$ 22 mil, dependendo do modelo escolhido, que são o Digital, com vendas somente pela internet; home office, em que a franqueada oferece produtos a pronta entrega; e o Espaço Frida, com vendas em um espaço físico e foco em parcerias com estabelecimentos comerciais.
“Todas temos medo, mas a gente tem que ir com medo mesmo e arriscar mais. Quando as coisas são feitas com amor, elas dão certo”, finaliza Camila Reginato.