Segundo informações divulgadas pelo Boa Vista de Movimento do Comércio, indicador que monitora o desempenho brasileiro das vendas no varejo, o segmento encerrou o primeiro trimestre de 2023 com uma alta de apenas 0,7%. Apesar do avanço tímido do setor, os planos da Minha Quitandinha se mantêm em andamento. A rede de minimercados autônomos, que pretende chegar a dezembro com 300 unidades, 260 franqueados e um faturamento de R$ 22 milhões, acaba de alcançar o marco de 200 lojas em funcionamento em todo o território nacional.
“Os primeiros meses do ano foram desafiadores em diversos sentidos porque o mercado varejista não retraiu, mas também não registrou grandes resultados, o que fez com que muitas pessoas que estavam avaliando o investimento em uma nova franquia dessem uma segurada, além de tornar os processos de negociações mais morosos. No entanto, estamos dentro da nossa meta, o que significa que o trabalho está sendo bem estruturado e feito com base na sustentabilidade dos negócios dos nossos franqueados”, diz Guilherme Mauri, CEO da Minha Quitandinha.
No primeiro quadrimestre do ano, a rede foi responsável pela abertura de 60 minimercados nos estados de Piauí, Mato Grosso, Pernambuco e Ceará. “Quanto à expansão da marca, notamos um crescimento muito forte no Sul e Sudeste no início das operações da franquia, mas hoje Norte, Nordeste e Centro-Oeste mostram-se extremamente receptivos a essa experiência de consumo, o que nos deixa muito contentes, pois são regiões de alta demanda e pouca oferta”, explica o executivo.
Mauri ainda afirma que as expectativas para esse tipo de empreendimento são positivas. “A solução deu super certo no Brasil. Estimamos que existam cerca de 5 mil lojas autônomas em condomínios espalhados pelo país, mas se considerarmos que existem uma média de 1 milhão de condomínios residenciais, comerciais e logísticos, ainda há espaço para crescer”. Diante desse contexto, o CEO destaca o nicho corporativo. “Estamos vendo um movimento natural no qual as pessoas estão cada vez mais voltando aos escritórios, o que faz com que a área de Recursos Humanos retome os benefícios, sendo o minimercado um deles”, revela.
Um passo de cada vez
Atualmente, o momento de negócio da Minha Quitandinha é o de mirar em pequenos investidores-anjo. “Desde o início, a empresa foi projetada para ter lucro em vez de depender de um caixa como no caso de algumas startups. Portanto, financeiramente estamos seguros e buscamos parcerias que agreguem além do capital. Parceiros que possam nos ajudar a potencializar áreas-chave”, pontua o executivo, que cita a inovação como um grande diferencial da franquia.
No médio prazo, a empresa pretende investir em uma internacionalização. “Estados Unidos, Portugal e Espanha estão entre os países que desejamos ingressar em até dois anos”, finaliza Mauri. Para 2025, a rede de minimercados autônomos prevê o alcance de 800 lojas e um faturamento de R$ 100 milhões.