A Divina Terra é uma rede de mercados especializados em alimentação saudável, suplementos alimentares, produtos específicos para quem tem intolerância a certos tipos de alimentos, produtos veganos, orgânicos, diets, gourmets e a granel, e nasceu em 2011 com o sonho de oferecer praticidade e opções de altíssima qualidade às pessoas que querem viver mais e melhor. A empresa que comemora 10 anos de história preparou mais de R$20 mil em prêmios para o consumidor, prevê chegar em 2022 à marca de 100 lojas espalhadas pelo país e conta com o projeto de implementação de placas de energia solar em todas as lojas.
A primeira loja da Divina Terra foi inaugurada em 2011 e ficava próxima a uma estação de trem em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Marcos Costacurta, 43, e sua esposa, Kerlin Schmitz, 32, administravam o pequeno empreendimento, que faturava em média R$20 mil por mês. Hoje, as 56 franquias da marca espalhadas pelo Brasil faturam em torno de R$180 mil por mês. Em São Paulo a primeira loja foi inaugurada em 2019, na R. dos Pinheiros, 929 – Pinheiros, e no Estado conta com mais três lojas, sendo em Americana, Holambra e Ribeirão Preto.
Costacurta atribui este crescimento ao bom relacionamento com os consumidores e ao investimento estratégico em produtos. “Nosso objetivo sempre foi suprir as demandas dos clientes. Diferentemente da maioria dos negócios do ramo, oferecemos linhas completas de produtos para todos os públicos, sejam veganos, intolerantes à lactose, esportistas, entre outros”, explica o empreendedor.
O empresário é filho de uma família de agricultores do interior de Santa Catarina. Com 17 anos, em busca de novas oportunidades, foi morar com o tio em São Leopoldo. Para ajudar com os custos, Costacurta trabalhou como empacotador em um supermercado da região por dois anos, até ser promovido a chefe de setor. “Mesmo sem estudos formais na área comercial, me destaquei e fui chamado para trabalhar como promotor de vendas em uma multinacional que fornecia alimentos para o supermercado”, diz Costacurta.
Durante este período, o empreendedor frequentou diversas feiras de empreendedorismo e aprendeu muito sobre o ramo alimentício. “Percebi que a alimentação saudável era uma tendência em crescimento e resolvi empreender na área. Em 2011, decidi usar a minha experiência no ramo para abrir, junto com a Kerlin, a primeira loja da Divina Terra em São Leopoldo. No começo, vendíamos principalmente produtos a granel, devido ao menor custo de aquisição junto aos atacadistas e fornecedores. Até hoje, eles continuam sendo nosso carro-chefe.”
Com foco no consumidor, o negócio prosperou: nos dois anos seguintes, o empreendedor comprou as duas lojas vizinhas e ampliou o ponto de vendas original. Em 2014, Sérgio Costa, que era cliente da Divina Terra, enxergou o potencial do empreendimento e propôs a abertura de uma loja em Novo Hamburgo, cidade próxima de São Leopoldo. O casal de empreendedores concordou com a ideia e Costa se tornou sócio investidor das duas lojas da Divina Terra.
Em 2015, os empreendedores investiram em quantidade e diversidade de produtos e mudaram para um ponto de venda maior em São Leopoldo. “Nesta época, já tínhamos produtos importados e muito diferenciados. O faturamento da loja nova era, em média, R$300 mil por mês”, explica Costacurta. Foi nessa época que a Divina Terra começou a receber propostas para abertura de franquias. “Percebemos que investir no formato seria uma boa oportunidade de negócio, já que, com mais lojas, a marca cresceria mais rápido e ganha vantagem competitiva. Por isso, formatamos um modelo de franquias e, em 2017, abrimos a primeira unidade em Porto Alegre”.
Nos anos seguintes, a expansão continuou, primeiro pela região sul e depois por todo o Brasil. Hoje são 57 franquias espalhadas pelo país. O empreendedor, que vendeu as duas primeiras lojas da Divina Terra para focar nas franquias, conta que até 2022 pretende chegar a 100 unidades. Para isso, ele vai investir em marketing digital e no potencial de atração das lojas já existentes.
Para abrir uma franquia da Divina Terra, o investimento médio necessário é de R$450 mil reais, podendo variar de acordo com o perfil do investidor. “Nós damos todo o suporte e consultoria necessários para os nossos franqueados. Cada franquia nos paga uma taxa de 5% ao mês, correspondente ao uso da marca e da publicidade”, explica Costacurta.
Segundo o fundador, 90% dos produtos vendidos pela rede são padronizados – o resto varia de acordo com as especificidades de cada região. As vendas a granel de grãos, cereais e farináceos representam em torno de 50% do faturamento; em segundo lugar, estão os suplementos alimentares. Durante a pandemia, com o aumento da busca por alimentação saudável e do hábito de cozinhar em casa, a Divina Terra dobrou de tamanho. Hoje, já existem mais 10 franquias em construção.
Marcos também virou especialista no setor de franchising e tem uma empresa de consultoria e formatação de franquias. Além disso, está montando mais três redes próprias para expandir (estética, odontologia pediátrica e academia). Seu objetivo é ter uma holding com várias franquias focadas no público A e B.