Pesquisas apontam que a busca por uma alimentação mais saudável e que possa auxiliar na prevenção de doenças deixou de ser um modismo passageiro e foi incorporada de vez à vida de muitos. É o que aponta o levantamento realizado pela Qualibest em parceria com a consultoria especializada em Food Service, Galunion. Segundo a pesquisa, 75% dos consumidores disseram que gostariam de comprar comida gostosa, fresca e que ajudasse na imunidade, na sua saúde e na da sua família. Outro dado que corrobora esta afirmação, sobretudo neste cenário atual, é o Estudo NutriNet Brasil, iniciativa do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP) que identificou que a frequência no consumo de alimentos saudáveis aumentou de 40,2% para 44,6% durante a pandemia. E esta crescente demanda vem gerando boas oportunidades de negócios tanto para redes tradicionais quanto para aquelas que já nasceram seguindo esta linha. E as apostas são as mais variadas.
Há redes que oferecem alimentos plant-based, movimento que vem ganhando força. Prova é o estudo da Galunion que aponta que 33% dos consumidores consideram que as novidades para uma dieta à base de alimentos vegetais integrais são tendências. Entre bons exemplos de empresas que estão de olho no público vegano, vegetariano e flexitariano – aqueles que optaram por reduzir o consumo de proteína animal, mas sem abrir mão totalmente – está a rede de restaurantes vegetarianos, Açougue Vegano, que também fornece artigos congelados para supermercados e empórios como o St Marché e Casa Santa Luzia.
Seguindo esta linha, a Rio Branco Alimentos – detentora das marcas Pif Paf, Fricasa, Ladelli, Pescanobre, Flip e Rio Branco Foods – acaba de lançar uma linha de produtos à base de vegetais, chamada de Club V. E quem não abre mão de um bom fast-food encontra opções no Bob’s, McDonald’s e Burger King.
Super alimentos com propósito
Dimitri Rodrigues é um empresário que sempre apostou no poder da alimentação, tanto é que incorporou o conceito ao nome da empresa que fundou, em 2014, a Kiwi SuperFoods. Mas, o que são, afinal? Os chamados super alimentos são aqueles que concentram uma boa quantidade de nutrientes, como vitaminas e sais minerais; além de baixo percentual de calorias, açúcares e serem livres de lactose e/ou glúten e que ainda ofereçam algum benefício funcional ao organismo.
Graças a uma reformulação no modelo de negócio, anexo aos restaurantes, os clientes poderão contar com biomercados que oferecerão uma gama de produtos orgânicos, sem agrotóxicos e de proveniência local. Já os itens de higiene e limpeza não serão testados em animais. No mix de produtos haverá também itens da casa, como pães e pratos prontos. E os produtos prometem agradar a todos os gostos, já que a Rede desenvolveu um hamburguer plant-based cuja receita está guardada a sete chaves.
Dimitri também faz questão de dizer que tudo tem um propósito. “Temos um foco muito grande em responsabilidade social e ambiental. Priorizamos os produtores locais que tenham uma boa história para contar. Em cada embalagem, por exemplo, haverá um QR Code no qual os clientes poderão assistir a vídeos e conhecer quem produziu aquele item”. Outro ponto enfatizado é que em cada unidade haverá um funcionário com Síndrome de Down e um representante da comunidade LGBTQI+.