Aprender uma segunda língua e ser proficiente não é mais um desafio, principalmente para as crianças. O ensino de outro idioma na primeira infância é o mais indicado por especialistas, pois ao começar esse processo alinhado à alfabetização, a criança matriculada em ensino bilíngue naturalmente vai percebendo a distinção dos idiomas e os incorporando ao seu dia a dia, aprendendo de forma leve e fácil a ser fluente em uma segunda língua. Além disso, crianças bilíngues também desenvolvem maiores habilidades cognitivas não verbais e facilidade de aprendizado.
O ensino de outro idioma adquirido ainda na infância é um diferencial considerável, principalmente no atual cenário do país. Uma pesquisa da British Council e do Instituto de Pesquisa Data Popular aponta que 95% dos brasileiros não possuem conhecimento do idioma e somente 1% da população tem fluência em uma segunda língua.
Maria Cláudia Amaro, fundadora da Rhyzos Educação, empresa que fomenta iniciativas pela educação básica no Brasil, como o Twice, destaca que o contato com outro idioma desde cedo é importantíssimo, porém é necessário um cuidado com a adaptação pedagógica correta e desenvolvida para cada faixa etária desses alunos. “É indispensável pensar nesse ensino como um complemento à educação. Ao aprender uma segunda língua tão cedo, a criança adquire rapidez neurológica, capacidade de raciocínio e aprendizado mais elevado, inclusive para aprender outros idiomas posteriormente”, explica.
Ainda segundo Maria Cláudia, escolas bilíngues agregam mais resultados que cursos de idiomas. “O ensino de outra língua ainda na escola com certeza traz mais benefícios aos alunos, visto que o contato com a língua nesse ambiente é em tempo integral. Professores e funcionários são capacitados para interagirem o tempo todo em outra língua, o que não acontece na maioria dos cursos, que focam apenas em conteúdo gramatical e não na vivência do idioma incorporado ao dia a dia dessas crianças”, completa.