Para montar uma boa equipe é preciso pensar como um técnico de futebol escalando seu time. Não é necessário que os jogadores se dêem bem fora do campo, mas quando colocam as chuteiras e pisam no gramado, que saibam que estão unidos por um objetivo em comum: vencer. Assim deve ser o pensamento do conjunto de funcionários de uma empresa. Mas, como deve ser a escalação dessa equipe?
Este é um dos pontos que os empresários possuem maior dificuldade. O essencial no primeiro momento é colocar em prática o “CHA” (competência + habilidade + atitude) – avaliação muito difundido entre as empresas, principalmente internacionais, que como premissa a seguinte filosofia: não basta apenas ter conhecimento, é preciso também saber fazer, o que fazer e como fazer. Esse método apresenta as características que podem ser desenvolvidas e aperfeiçoadas com treinamentos, palestras e orientações.
O gestor deve pensar no negócio a longo prazo e traçar o plano de carreira da empresa. Na hora do recrutamento, devem ser analisados os seguintes aspectos: definir o perfil necessário para a vaga, selecionar o candidato com competência e dentro dos perfis da vaga e do também do perfil da empresa; analisar as competências que a companhia já possui e determinar quais, entre elas, precisam ser desenvolvidas; pensar no desenvolvimento da empresa como um todo; e não criar falsas expectativas ao novo funcionário.
Passando a limpo esses processos, os gestores evitarão contratar uma pessoa com o mesmo perfil dos funcionários que a sua empresa já possui. Uma boa equipe é formada por profissionais heterogêneos, que são complementares entre si nas competências, qualidades e defeitos.
Por outro lado, ao colocar essa estratégia em prática, surge um grande desafio: administrar uma equipe tão diferente. Se pensar como um treinador, o empresário conseguirá manter a equipe unida em busca de fazer o gol a cada partida, independente das diferenças pessoais. Afinal, a regra do jogo, hoje em dia, é produtividade e retenção de talentos.
Para isso, o contratante deve entender que não existe a pessoa 100% ideal. Sempre haverá algum ponto a ser trabalhado ou desenvolvido, por isso é necessária a gestão de pessoas. A empatia nasce da admiração pelo outro e a empresa deve investir neste profissional, treiná-lo e desenvolver suas habilidades. Dessa forma, crescerá junto com a companhia, que deve potencializar suas habilidades e aprimorar os pontos falhos, dando-lhe subsídios para superá-los, com treinamento e reciclagem, por exemplo.
O primordial na escolha do melhor candidato é pensar na gestão de talento. Segundo Peter Drucker, reconhecido como o pai da administração moderna, a filosofia básica dos negócios não é o dinheiro, mas sim a informação, e a arte está em atrair talentos. Manter as pessoas certas é prioritário, recrutá-las bem é essencial, ganhar o seu empenho é fundamental. Todo empresário, seja ele grande, médio ou pequeno, deve seguir e implantar esta filosofia em seu negócio.
Por isso, tenha como modelo o time do Palmeiras dos anos de 1993/1994. O técnico Wanderley Luxembro conseguiu manter a equipe com talentos, como Edmundo, Evair, Zinho, Cléber, Antônio Carlos, Rivaldo e Edílson, por dois anos, mesmo com discussões fora dos gramados. Quando estavam em campo, não parecia a mesma equipe que brigava nos bastidores, pois eram unidos em busca do título. Tanto que foram bicampeões Paulista e Brasileiro. Administrar pessoas é, sem dúvida, a chave para o sucesso de qualquer negócio e, na atual conjuntura, não se pode bobear, caso contrário o placar fecha em 7X1 para o adversário.
Clique aqui e cadastre-se para receber informações exclusivas. É gratuito!