Com qualidade e modelo enxuto, a SOFT Ice Cream planeja superar os limites de Curitiba

A marca, que teve seu modelo validado pelo público curitibano planeja expansão com modelo híbrido de lojas próprias e franquias para os próximos anos

Nascida em setembro de 2020, a SOFT Ice Cream conta com três unidades próprias em Curitiba e deve lançar sua primeira loja fora da capital paranaense no meio de dezembro em Ponta Grossa. Com um modelo enxuto, semelhante ao das cafeterias to go, a expectativa da marca é lançar o seu plano de franquias em 2023, estendendo seu produto a outros estados da Região Sul e Sudeste.

“Nosso modelo de negócio trabalha com ingredientes premium em uma operação enxuta, com poucos funcionários e aluguel reduzido. Dessa forma, conseguimos praticar preços acessíveis, mesmo com a alta qualidade de nossos insumos”, conta um dos dois sócios-fundadores da SOFT, Matheus Krauze, que comanda a marca ao lado de Ronaldo Ferreira.

A ideia do negócio veio de uma mescla da experiência de vida de Krauze, a terceira geração de sorveteiros de uma rede notória do Paraná, e de uma viagem que fez para Hong Kong aos 18 anos. Lá, provou sorvetes de sabores como matchá e gergelim, com cores vibrantes e sabores diferentes. “Vimos a oportunidade de trabalhar com um produto ainda não visto no Brasil, seguindo o movimento dos cafés to go, que estava nascendo”, lembra Krauze.

Diferente de uma gelateria tradicional, as máquinas transformam o líquido em sorvete na hora, mantendo o produto sempre fresco e agradável ao consumidor. “Nosso cardápio é enxuto, e a sazonalidade é trabalhada nas sobremesas”, conta.

Modelo de negócio superou pandemia e a capital mais fria do país

O início de operação da SOFT Ice Cream se deu em meio aos lockdowns forçados pela pandemia. No entanto, a loja rapidamente atingiu o patamar de 7 mil pessoas atendidas em um espaço de 30 m2 cinco meses depois de sua inauguração. Do primeiro para o segundo ano de operação, o faturamento da loja inaugural cresceu 75%. A expectativa para 2023 é de triplicar o resultado de 2022.

Em 2022, a marca lançou também dois novos espaços: uma nova loja no Museu do Olho e um quiosque no Shopping Palladium. Por isso, a SOFT Ice Cream planeja resultados ainda mais expressivos para o futuro, incluindo a estruturação de um modelo de venda de franquias, atendendo a alta demanda de interessados, que hoje já conta com uma lista de espera.

“Mesmo com uma lista extensa de interessados, queremos comercializar entre 10 a 20 lojas em 2023, nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, e pensar em uma expansão a nível nacional em 2024”, diz. “O modelo foi pensado para a expansão: fazemos o transporte do produto seco, dando validade longa para os sorvetes e solucionando uma das dificuldades comuns do segmento, a logística”.

Um ponto de destaque da marca para pensar em uma expansão é o fato de ter se provado em Curitiba, a capital mais fria do país. “Além de termos testado nossos produtos em um público reconhecidamente exigente e qualificado, não se trata da cidade que mais venderia sorvetes por tradição, pois sua temperatura média é de 18 graus”, analisa.

Um perfil to go de qualidade

Com lojas pequenas e um perfil de consumidor to go, a marca trabalha com duas máquinas por loja, e cada uma conta com dois sabores e uma opção mista: chocolate, baunilha e misto, por exemplo. De acordo com Krauze, a opção por esses sabores foi para que os clientes pudessem comparar o produto com outras opções do mercado. “O consumidor consegue entender automaticamente que está provando algo diferente, com qualidade e frescor diferente dos concorrentes, é como se estivesse tomando sorvete de casquinha pela primeira vez na vida”, diz.

Outras duas opções de sabores são o de iogurte, o de frutas vermelhas e o misto. Esta última opção representa um terço das vendas. “Gostamos de frisar que o nosso sorvete é uma experiência gastronômica na palma da mão”, conta.

Para potencializar o seu sabor, a SOFT Ice Cream optou por utilizar uma casquinha de produtores locais, que desenvolveram uma receita exclusiva, na Região Metropolitana de Curitiba. “Não queríamos oferecer um produto comoditizado, seguindo o nosso padrão de qualidade. Em geral, o mercado de sorvetes conta com um mesmo fornecedor pela complexidade logística do transporte de casquinhas: baixo peso, alto volume e muito sensível”, diz.