Inflação. O monstro está à espreita. Será que será mantida sob controle? Será que volta com tudo? Dá pra confiar nos números que são divulgados? Essas questões, comuns a todos os brasileiros, também se fazem sentir quando o assunto é franquia. E não poderia ser diferente. É claro que eventuais problemas econômicos podem afetar o setor. Como se preparar para esses desafios?
Conversamos com Marcus Rizzo, administrador de empresas que já atuou em mais de cem organizações nacionais e multinacionais.
Rizzo é um dos fundadores da Associação Brasileira de Franquias (ABF), além de escritor, professor em grandes universidades do Brasil e do exterior e sócio da consultoria Rizzo Franchise.
A Rizzo Franchise atua há mais de 20 anos no mercado e sua especialidade é a estruturação de organizações franqueadoras e suas redes de franquias, tendo formatado redes nacionais e internacionais do segmento.
Além disso, a empresa promove pesquisas, cursos e seminários especializados e publicações que ajudam franqueados e franqueadores na superação dos desafios do mercado de franchising.
Veja a seguir algumas dicas de Marcus Rizzo como o cenário de franchising deve reagir à inflação no País:
Mapa das Franquias – Quais são o setores de franchising mais afetados pela inflação?
Rizzo – É difícil de identificar claramente pois são 24 diferentes setores, que abrangem todas as áreas da economia.
Mas, eu arriscaria que é alimentação, aquele que mais cresce na bonança, que mais sofre em período inflacionário. Comer fora de casa é ainda para a maioria da população inserida no consumo uma indulgência fortemente aliada a preço. A inflação torna o alimento pronto fora de casa mais caro e portanto inacessível.
Mapa das Franquias – Dá para contornar ou se proteger dos efeitos nocivos da inflação? Que adaptações são necessárias para a sobrevivência desses setores?
Rizzo – Acredito que deverá faltar clientes com poder de consumo para todas os locais em que estão instaladas as franquias, principalmente naqueles mercados menores onde o número de clientes com potencial de compra deve ser reduzido.
Para aqueles que estão bem localizados (próximos de uma massa de clientes que possua potencial de compra) é tentar melhorar as margens (reduzindo despesas e melhorando receitas com preço, já que será mais complexo ampliar a base de clientes por falta de poder de compra).
Na próxima semana, na segunda parte de nossa conversa:
Vestuário, beleza e cosméticos – Quais as tendências para esses setores em 2015?
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