As dificuldades foram muitas, mas hoje empreendedoras de sucesso faturam milhões

Crescimento do empreendedorismo feminino no Brasil incentiva protagonismo das mulheres e coloca o país em sétimo lugar no ranking mundial

Marcia e Michelle - Fast Escova Divulgação

No dia 08 de março de 1975, foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) o Dia Internacional da Mulher. A ideia de criar essa data, se deu pelas lutas feministas por melhores condições de vida e trabalho e pelo direito de voto entre o final do século XIX e o início do século XX.

Hoje a data é lembrada como um dia para reivindicar a equidade de gêneros e se fortalece com os protestos ao redor do mundo, se aproximando da luta original das mulheres com relação à desigualdade salarial e o trabalho exaustivo em fábricas nos Estados Unidos e em alguns países da Europa.

Não se sabe ao certo quando o empreendedorismo feminino começou no Brasil, pois os primeiros estudos surgiram no final dos anos 1990. Mas o que faz uma mulher empreender no Brasil? Podemos traduzir como a independência e flexibilidade, liberdade financeira, tempo, a possibilidade de conciliar o empreendimento com a família e superar as dificuldades de se estabelecerem no mercado de trabalho de forma mais frequente, são com certeza motivações para isso.

No Brasil, dos 52 milhões de empreendedores atuantes, 30 milhões são mulheres, tornando-o o sétimo país com o maior número de mulheres empreendedoras no mundo, segundo dados do Sebrae e da Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM).

De acordo com recente pesquisa da RME (Rede Mulher Empreendedora), 55% das empresárias brasileiras abriram o seu negócio nos últimos 3 anos. E 26% delas começaram durante a pandemia. Infelizmente, segundo a pesquisa, 43% das participantes informaram que ao solicitar um empréstimo, tiveram seus pedidos negados. Seria o machismo estrutural das instituições continuarem achando que as mulheres precisam de homens para bancar seus gastos?

Entretanto, mesmo em meio a tantas dificuldades, existem histórias surpreendentes de mulheres sucesso, que superaram desafios, doenças e incertezas, mas que hoje faturam milhões. Inspiração para quem está pensando em começar, mas ainda tem medo da trajetória.

Conheça algumas histórias inspiradoras!

De confeiteira para dona de uma rede de cursos de gastronomia

Um dos casos de sucesso no mundo das franquias é o de Lucilaine Lima, sócia fundadora do Instituto Gourmet. A ideia de criar o Instituto Gourmet surgiu em 2010, em Serra no Espírito Santo, quando Lucilaine, formada em biologia, resolveu trocar as aulas que dava para estudantes do ensino médio para investir em vendas de doces caseiros para poder ficar mais perto de seu filho.

Após trabalhar por quase 7 anos com venda de bem casados ela idealizou a criação do Instituto, “costumo dizer que idealizei o curso com 7 anos em 1, pois tudo que errei, pude facilitar para o aluno nos módulos do curso, pensando em tornar o aluno um empreendedor e gestor, maior dificuldade hoje em dia”.

Em 2017, depois de muito testar, a rede ingressou para o setor de franquias e já no primeiro ano comercializou 35 unidades. Em 2019 obteve um faturamento de R$ 45 milhões e no início de 2020, a marca anunciou a sociedade com a holding SMZTO. Com um ano de sociedade foi registrado um crescimento de 40% mesmo diante da pandemia. Até o momento, foram mais de 23 mil alunos, 71 unidades comercializadas e um faturamento de mais de R$ 60 milhões.

Com 7 anos no mercado, a marca conta com mais de 130 unidades em funcionamento e mais de 30 mil alunos já passaram pela rede, que recentemente atingiu o faturamento de R$ 90 milhões. “A minha visão quanto ao futuro do Instituto Gourmet sempre foi holística, desde a sua fundação. A responsabilidade de transformar vidas e de continuar sendo o combustível do sonho de muitas pessoas continua latente na essência. E estamos só começando”, finaliza.

Após ser diagnosticada com câncer, empresária ressignifica a dor e se torna sócia de uma rede de franquias inovadora no segmento da beleza

Em 2018, Michelle Wadhy e Marcia Queirós (sócia proprietária) esboçaram o que viria a ser uma loja dedicada às mulheres que valorizam o seu tempo. E assim nascia a Fast Escova, fundada em 2018.

Toda a história por trás da Fast Escova começa após Wadhy fazer seus exames de rotina, a empresária foi diagnosticada com câncer no estômago, conhecido como anel de sinete, grau 3. Em 28 de fevereiro de 2013, foi necessário a retirada de 100% do estômago e hospitalizada ficou aguardando o laudo para começar a quimioterapia, conforme era previsto.

Após 22 dias de espera, ao fazer o exame de checagem da biópsia para início da quimioterapia pela terceira vez, chega a surpreendente notícia que seu corpo estava limpo e não precisaria mais de quimioterapia, pois estava curada.

Depois dessa vitória, nascia uma nova empresária e um novo empreendimento feminino, a Fast Escova. Que além de gerar empregabilidade, se popularizou. Os serviços da Fast Escova gastam no máximo 40 minutos para serem executados com perfeição e conhecimento.

“A Fast Escova é um presente que divido com milhares de mulheres que, assim como eu, querem estar bem consigo mesmas sem o estresse de passar horas esperando ou ter que agendar com muita antecedência”, finaliza Michelle.

Mesmo diante as complicações causadas pela pandemia, a rede Fast Escova continuou crescendo. Em novembro de 2021, a marca comemorou seu 3º ano no mercado com mais de 80 unidades e 150 lojas vendidas no país.

Executiva muda de vida para ficar mais perto dos filhos e hoje faz sucesso como empreendedora

Após ser demitida de uma grande companhia, Simone Carreira teve que repensar sua vida e carreira profissional. Foi quando decidiu que não trabalharia mais longe de sua casa, pois não suportava mais o fato de ficar tanto tempo presa no trânsito e longe dos filhos, que só conseguia ver por poucas horas na semana.

Após longas pesquisas, decidiu que uma franquia seria o melhor modelo para o seu planejamento. Sem experiência anterior como empresária, ela decidiu se arriscar e por coincidência ou destino, a poucos metros de sua casa havia uma unidade da rede Mary Help – Primeira empresa do Brasil no setor de intermediação no serviço de diaristas e mensalistas. Simone viu na franquia uma chance de voltar ao mercado de trabalho, e atuando do lado de casa.

O negócio deu tão certo, que em apenas seis meses a unidade o faturamento R$ 1 milhão. E com esse resultado, hoje a empresária já ultrapassou o mesmo patamar de rendimento que tinha como executiva. Atualmente ela possui 9 unidades da Mary Help e fatura 5 milhões ao ano.

“Não me arrependo em nenhum momento de ter mudado de área, estou feliz, realizada e conseguindo equilibrar melhor minha vida pessoal e profissional. ”, comenta Simone.