A sondagem posterior ao Dia das Mães, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com 100 empresários paulistanos dos setores de vestuário, acessórios, calçados e eletrodomésticos ou eletroeletrônicos – os mais afetados pela sazonalidade da data – aponta para um crescimento de 1% no faturamento. A leve alta pode ser comemorada, já que o segmento vinha de dois anos consecutivos de queda nas vendas na data comemorativa em 2016 e 2017, com -7% e -8%, respectivamente.
A pesquisa revela ainda que 64% dos consumidores que presentearam suas mães na data utilizaram o cartão de crédito como forma de pagamento, seguido pelo pagamento à vista com dinheiro, cheque ou cartão de débito (35%). A forma de compra escolhida pela maioria segue a mesma linha vista no ano passado, quando 68% dos consumidores utilizaram cartão de crédito, seguida pelo pagamento à vista de 29%.
O nível de estoque permaneceu igual ao registrado em 2016 para 59% dos empresários paulistanos. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, os estoques se mostraram em média mais adequados do que nos dois anos anteriores, fazendo com que essa sondagem também estivesse alinhada com a pesquisa de Índice de Estoques (IE) da Entidade, que indica nos últimos meses um ajuste dos estoques dos lojistas após longo período de inadequação.
As promoções, como tradicionalmente ocorrem no Dia das Mães, giraram em torno de descontos especiais (79%), sem grandes mudanças nos últimos anos. Com relação a contratações de temporários, a grande maioria dos empresários (95%) não abriu nenhuma vaga de trabalho e, mesmo os que contrataram, não pretendem efetivar a mão de obra (100%).
Para a Federação, os resultados positivos da principal data comemorativa do primeiro semestre para o varejo paulistano e a segunda melhor do ano, atrás apenas do Natal estão de acordo com a projeção feita com base nos dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), que estima crescimento modesto das vendas em maio (entre 4% a 5%). A alta de 1% nas vendas do varejo surpreenderam até mesmo os lojistas, que afirmaram na sondagem prévia do Dia das Mães uma expectativa de queda de 8% no faturamento.