Ao completar dois anos, Minha Quitandinha avalia trajetória e indica tendências para o varejo

A rede de minimercado autônomo, que nasceu em Balneário Camboriú (SC), conta com 115 franqueados e 135 lojas em funcionamento em todo o território nacional

Com o intuito de tornar prático e seguro a experiência de compra de itens essenciais para o dia a dia, a Minha Quitandinha foi idealizada pelos sócios Guilherme Mauri, Marcelo Villares e Douglas Pena. A rede de minimercado autônomo que nasceu em setembro de 2020 em Balneário Camboriú (SC) atualmente leva o conceito de honest market para todo o território nacional ao operar em complexos residenciais ou comerciais por 24 horas nos sete dias da semana e sem a intermediação de funcionários. Ao todo, a marca apresenta 115 franqueados com 135 lojas. Até dezembro, pretende alcançar 180 mercados e um faturamento de R$ 12 milhões.

“Foram dois anos intensos, que passaram voando. Ser empreendedor no Brasil é um desafio tão grande, ainda mais em meio a uma pandemia mundial”, avalia Guilherme Mauri, CEO da Minha Quitandinha. Em termos de marcos importantes para a rede ao longo dessa trajetória, o executivo ressalta a abertura das primeiras três lojas logo nos três meses iniciais de operação da empresa, a migração do modelo de negócio de licenciamento para franquia, a entrada de investidores-anjo, além do desenvolvimento de uma tecnologia própria que permitiu que a marca fosse reconhecida como uma retailtech, termo utilizado para se referir a uma startup com tecnologia para o varejo.

Já para os próximos anos, a meta da rede é continuar a escalar o negócio com foco na área de operações. “Nosso time operacional está sempre em expansão, seja em abrangência física ou em ferramentas capazes de auxiliar os franqueados a atingirem uma performance de sucesso”, pontua Mauri. Entre as iniciativas recentes, a marca lançou a UniMQ, uma universidade de treinamento para franqueados, além do MQ Performance, um Instagram exclusivo para parceiros no qual lives relacionadas a empreendedorismo são transmitidas.

Dê olho no mercado

Para os empreendedores que também desejam se destacar no segmento do Varejo, o CEO reforça a importância de inserir o consumidor no papel de protagonista. “Aquele modelo que estávamos acostumados de uma loja com um mix de produtos fixo e em uma localização que prioriza o custo do aluguel em vez da conveniência para o consumidor está fadado a desaparecer. Neste momento, é fundamental pensar fora da caixa. Ou seja, pensem como seus clientes, ouçam seus clientes e mudem com agilidade o que tiver que mudar. Não se apeguem a ideias fixas ou tradicionais”, recomenda.

A partir dessa visão, o formato pocket mostra-se como uma tendência de médio a longo prazo no setor varejista. “Vale priorizar lojas menores, com um portfólio de produtos personalizados e preços atrativos. Inclusive, ao olhar para o mercado, vemos exatamente esse movimento sendo feito pelos grandes varejistas, nas mais diversas áreas, como por exemplo Carrefour Express, Pão de Açúcar Minuto, Leroy Merlin Express, entre outras”, finaliza o executivo.